Novamente pressionado pelo tom de maior aversão a risco no exterior, principalmente nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 1,95%, aos 112.072,34 pontos, acumulando sua quinta sessão consecutiva no campo negativo. O índice teve praticamente todos seus papéis encerrando o pregão no vermelho, especialmente aqueles ligados a commodities. Na semana, a Bolsa brasileira teve baixa de 3,70%.
Em Wall Street, as bolsas americanas afundaram em bloco, reagindo a uma nova revisão altista de estimativas para a inflação de médio prazo dos Estados Unidos, o que renova temores por uma postura mais dura do Federal Reserve. Hoje, o relatório de confiança do consumidor da Universidade de Michigan mostrou que a expectativa de inflação dos consumidores americanos para um período de 5 anos subiu de 2,7% para 2,9%. No mercado de renda fixa, os rendimentos das Treasuries, títulos públicos americanos, de 10 anos alcançaram o nível de 4% pela segunda vez em dois dias.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,94%, cotado a R$ 5,3227, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana diante de um cenário de maiores incertezas, com investidores em busca de proteção. Declarações mais duras de dirigentes do Fed também contribuíram para a disparada do dólar.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, apenas sete papéis encerraram no campo positivo: as units de Energisa (+1,40%), Eneva ON (+0,75%), Cyrela ON (+0,27%), Engie ON (+0,24%), EDP Brasil ON (+0,09%), as units de Klabin (+0,05%) e Itaú PN (+0,04%).
Pelo lado negativo, as varejistas derreteram na sessão, com investidores deixando de lado papéis considerados mais arriscados, especialmente companhias mais cíclicas. Magazine Luiza ON tombou 11,18%, Americanas ON perdeu 8,45% e Via ON caiu 7,12%.
O pregão também foi extremamente negativo para ações ligadas a commodities. A desvalorização de cerca de 3% do petróleo levou as ações de Petrobras ON e PN a se desvalorizarem 1,95% e 1,53%, respectivamente. As mineradoras e siderúrgicas também recuaram em bloco, refletindo uma perda em torno de 20% do minério de ferro no ano. Vale ON cedeu 3,26%, CSN ON registrou queda de 5,92%, Usiminas PNA teve decréscimo de 3,78% e Gerdau PN recuou 2,35%.
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