Novamente impulsionado pelo apetite a risco nos mercados acionários de Nova York e por notícias específicas envolvendo empresas como Natura e Vale, o Ibovespa registrou valorização de 1,91% no pregão desta terça-feira, aos 115.789,58 pontos. Mais uma vez, as notícias vindas de fora ganharam mais repercussão do que a esvaziada agenda doméstica.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram pelo segundo dia consecutivo, novamente apoiadas por resultados corporativos positivos, especialmente do setor bancário. Após Bank of America e BNY Mellon reportarem balanços considerados favoráveis, hoje foi a vez do Goldman Sachs superar as expectativas do mercado em relação a lucros e receitas. Depois de temores de recessão e bancos centrais excessivamente agressivos, o sólido início da temporada de balanços pode sinalizar que a economia está em um patamar melhor do que antes previsto.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve queda de 0,91%, cotado a R$ 5,2547, em uma sessão na qual os ativos globais operaram mistos. O real, inclusive, operou na contramão de outras divisas emergentes, que perderam terreno ante a moeda americana, ainda beneficiado por uma taxa de juros em patamar elevado e com agentes do mercado ainda repercutindo a aproximação do segundo turno das eleições.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Natura ON dispararam 9,62%, após a companhia informar que seu conselho de administração autorizou o início de estudos para um IPO ou uma cisão da Aesop, unidade australiana de produtos de luxo e bem estar adquirida em 2013.
Os papéis de Vale ON subiram 1,83%, depois de a mineradora divulgar sua prévia operacional, produzindo 89,7 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre de 2022, o que representa um aumento de 1,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, além de anunciar que vendeu 69,05 milhões de toneladas, alta de 3,5%.
Pelo lado negativo, as ações de Assaí ON tombaram 9,22%, após rumores de que o controlador Casino estaria preparando uma oferta de possível venda de sua participação na empresa.
Já outras varejistas recuaram em bloco, refletindo a frustração tardia do mercado com a forte baixa do IBC-Br de agosto, o que mostra uma desaceleração no consumo. Via ON caiu 2,01%, Magazine Luiza ON cedeu 1,14% e Americanas ON perdeu 0,23%.
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