Na contramão do desempenho dos mercados acionários em Nova York e impulsionado por papéis ligados ao petróleo, especialmente Petrobras, o Ibovespa registrou alta de 0,46% na sessão desta quarta-feira, aos 116.274,24 pontos. Diante de uma agenda local esvaziada, investidores seguiram projetando cenários para o segundo turno das eleições à medida que 30 de outubro, data da votação, se aproxima.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, em meio a uma forte alta dos Treasuries, os títulos públicos americanos. Hoje, o rendimento dos papéis de 10 anos rompeu o nível dos 4% e atingiu o patamar mais alto desde julho de 2008. O movimento das taxas de renda fixa penalizou os setores de tecnologia e construção. Na contramão do pessimismo, as ações de Netflix dispararam 13% após a companhia reportar seu balanço do terceiro trimestre de 2022.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,37%, cotado a R$ 5,2742, refletindo o pregão de maior cautela no exterior e com a moeda americana ganhando terreno ante as principais divisas.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações ligadas ao petróleo dispararam, acompanhando a valorização superior a 2% da commodity no mercado internacional, em meio às novas sanções da União Europeia ao combustível russo, além dos Estados Unidos anunciarem um plano para liberar 15 milhões de barris de emergência. Assim, Petrobras ON e PN subiram 3,71% e 3,54%, respectivamente, enquanto 3R ON acelerou 5,96% e PetroRio ON subiu 3,72%.
Já os papéis de Tim ON avançaram 4,68%, após rumores que o fundo de private equity CVC teria interesse na compra da Telecom Italia.
Pelo lado negativo, as varejistas voltaram a sofrer no pregão, diante da aceleração dos juros futuros, principalmente na ponta mais longa da curva. Americanas ON tombou 6,81%, Via ON caiu 4,40% e Magazine Luiza ON cedeu 3,01%.
As incertezas em relação ao cenário político afetam com mais força as empresas do setor de educação. Yduqs ON perdeu 5,62% e Cogna ON se desvalorizou 2,69%.
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