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Fechamento B.Side: indefinição sobre equipe econômica derruba Ibovespa aos 115 mil pontos, faz dólar acelerar a R$ 5,17 e juros futuros avançarem em bloco

A aversão a risco tomou conta do mercado local nesta segunda-feira diante da indefinição da equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o que eleva as incertezas em torno de temas críticos relacionados ao cenário fiscal do País como a revogação do teto de gastos e custos que ultrapassam o Orçamento de 2023 em pelo menos R$ 200 bilhões. Assim, o Ibovespa registrou forte queda de 2,38%, aos 115.342,40 pontos, em uma sessão de perdas praticamente generalizadas na Bolsa brasileira, com importantes desvalorizações de Petrobras e do setor bancário. Os juros futuros também subiram refletindo os temores do mercado.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com investidores antecipando as eleições para o Congresso americano, que renovará a Câmara dos Deputados, um terço dos senadores e definirá governadores de 38 estados, além de dados importantes de inflação nos próximos dias. O mercado praticamente ignorou o anúncio da Apple, que espera produzir três milhões a menos de aparelhos iPhone 14 do que o previsto originalmente este ano com política covid zero na China.

No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 2,19%, cotado a R$ 5,1729, na contramão do movimento de enfraquecimento da moeda americana em âmbito global. Além das especulações em torno do noticiário político, agentes atribuíram a performance negativa do real a uma realização de lucros, já que na semana passada a divisa brasileira subiu 4,49%.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques da B3, as units de Santander dispararam 5,88%, na contramão do setor, em movimento de correção depois de ter sido um dos nomes mais penalizados por um resultado fraco do terceiro trimestre.

Já os papéis de BB Seguridade ON subiram 1,04%, após a companhia registrar um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre deste ano, o que representa um avanço de 69,3% em relação ao mesmo período do ano passado, acima das projeções do mercado.

Pelo lado negativo, os principais nomes da Bolsa desabaram, refletindo as incertezas em torno da equipe econômica do governo Lula. Hoje, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou que tenha recebido convite para assumir o antigo cargo e rumores de que Fernando Haddad poderia assumir a pasta azedaram o humor do mercado. As ações de Petrobras ON e PN tombaram 3,41% e 4,06%, respectivamente, enquanto Itaú PN caiu 2,27% e Bradesco PN cedeu 3,30%.

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