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Fechamento B.Side: Ibovespa avança aos 109 mil pontos com percepção de PEC da Transição desidratada; dólar recua a R$ 5,31

Um sentimento de menor aversão a risco tomou conta do mercado local, mesmo com investidores ainda acompanhando o noticiário envolvendo a PEC da Transição e um possível enxugamento do texto no Congresso. Assim, o Ibovespa, na contramão dos mercados acionários de Nova York, registrou alta de 0,81%, aos 109.748,18 pontos. O desempenho do índice só não foi melhor porque ações ligadas a commodities, que têm um peso relevante na Bolsa brasileira, tiveram um desempenho ruim.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado de olho nos aumentos de casos e mortes por covid-19 na China, com agentes reduzindo posições em setores de energia e petróleo. Os novos lockdowns no país asiático prejudicam a recuperação da atividade econômica global e frustram uma perspectiva de reabertura da China. Pelo lado positivo, as ações da Disney aceleraram mais de 6%, após a empresa anunciar que o ex-CEO Bob Iger volta ao comando da gigante do entretenimento, substituindo Bob Chapek.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,19%, cotado a R$ 5,3106, com investidores enxergando que a PEC da Transição deve ser desidratada de alguma forma e, com isso, os impactos fiscais serão reduzidos. No fim de semana, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) protocolou uma proposta alternativa, que pretende reduzir de R$ 198 bilhões para R$ 70 bilhões além do teto. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) também apresentará uma alternativa que modifica a regra teto de gastos e adiciona R$ 80 bilhões ao orçamento de 2023.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia da B3, as ações de Copel PNB dispararam 22,07%, após a companhia informar que seu acionista controlador, o governo do Estado do Paraná, pretende fazer com que a empresa não tenha acionista controlador, realizando uma oferta pública de distribuição secundária (papéis já existentes) de ações ordinárias ou units.

Já a queda dos juros futuros impulsionou nomes mais sensíveis à atividade doméstica, casos de construtoras e varejistas. Magazine Luiza ON subiu 7,30%, Cyrela ON ganhou 8,01%, Americanas ON teve acréscimo de 6,55% e Eztec ON se valorizou 5,18%.

Pelo lado negativo, as empresas exportadoras de papel e celulose recuaram em bloco, penalizadas pelo movimento de queda do dólar, já que grande parte das receitas está atrelada à moeda americana. Suzano ON cedeu 2,87%, enquanto as units de Klabin tiveram desvalorização de 3,13%.

Por fim, as ações de Vale ON perderam 1,13%, pressionadas pela queda do minério de ferro na China, diante de uma retomada da covid-19 no país e decisão da Índia de retirar impostos de exportação da commodity de baixo teor e de alguns produtos de aço.

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