Impulsionado pelo otimismo nos mercados acionários de Nova York diante de sinalizações de ritmo de alta de juros menos acelerado do que se esperava, o Ibovespa registrou alta de 1,42%, aos 112.486,01 pontos. Por aqui, investidores seguiram atentos às discussões envolvendo a PEC da Transição, com rumores de que o Congresso deve reduzir o prazo do Bolsa Família fora do teto de gastos, o que ajudou a amenizar os riscos fiscais. No mês, a Bolsa brasileira acumulou prejuízo de 3,06%, primeira perda mensal desde junho, quando derreteu 11,5%.
Em Wall Street, as bolsas americanas operavam sem fôlego até o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no período da tarde. No entanto, após a fala, o que se viu no mercado foi uma procura por ativos considerados mais arriscados, com agentes digerindo positivamente a sinalização do mandatário do banco central americano. Powell afirmou que o Fed pode começar a reduzir o ritmo das altas de juros nos Estados Unidos a partir da próxima reunião de dezembro.
No mercado de câmbio, em dia de formação Ptax, o dólar à vista recuou 1,63%, cotado a R$ 5,2016, em linha com o movimento de queda da moeda americana em âmbito global. Além disso, a possibilidade de desidratação da PEC da Transição também foi motivo de alívio para o real.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN dispararam 3,44% e 5,04%, respectivamente, novamente beneficiadas por um noticiário político e fiscal mais ameno, mas principalmente impulsionadas pela forte valorização de quase 3% do petróleo no mercado internacional.
Já as ações de Locaweb ON aceleraram 7,55%, em seu terceiro pregão seguido no azul, em ritmo de recuperação e favorecida pelo discurso de Powell, que tira um pouco da pressão sobre as empresas de tecnologia.
Pelo lado negativo, papéis de frigoríficos tiveram os piores desempenhos da sessão, com desvalorização de 6,19% para BRF ON, queda de 4,13% para Minerva ON, baixa de 3,42% para Marfrig ON e recuo de 1,83% para JBS ON.
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