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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 108 mil pontos diante de mau humor externo e ruídos em torno de meta de inflação; dólar acelera a R$ 5,27

Diante de uma queda praticamente generalizada das blue chips, o Ibovespa registrou forte queda de 1,77%, aos 108.008,05 pontos, na sessão desta quinta-feira, em linha com o movimento de aversão a risco nos mercados acionários de Nova York. A liquidez do pregão também foi menor, depois de um volume maior ontem. Por aqui, os ruídos políticos voltaram a pesar, com a possibilidade de o governo antecipar o debate sobre as metas de inflação. Hoje, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reafirmou que desconhece que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tenha sugerido qualquer mudança, além de dizer que não existe nenhuma discussão no governo sobre alteração nas metas de inflação ou na lei de independência do BC.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado voltando a reajustar expectativas para os próximos passos do Federal Reserve em relação à taxa de juros dos Estados Unidos. Agentes apontam para uma redução tanto das apostas de relaxamento monetário quanto de manutenção do atual patamar de juros estipulado pelo Fed. Assim, os Treasuries, títulos públicos americanos, voltaram a acelerar.

No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,58%, cotado a R$ 5,2788, com investidores buscando maior proteção na moeda americana. O real também foi pressionado pelas notícias vindas de Brasília. A moeda emergente de destaque na sessão foi o peso mexicano, após o Banco Central do México (Banxico) elevar a taxa básica de juros em 50 pontos-base, de 10,5% para 11%, acima dos 25 pontos-base previstos pelo mercado.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, após cair mais de 5%, as ações Pão de Açúcar ON inverteram o sinal e subiram 1,49%, justificado por um forte fluxo comprador. Antes disso, a empresa era penalizada após comunicar que revisará a probabilidade de perda dos processos em andamento desde 2007 para R$ 209 milhões, seguindo a decisão do STF.

Pelo lado negativo, as ações de Azul PN derreteram 11,85% e de Gol PN tombaram 5,54%, pressionadas pelo fortalecimento do dólar e aceleração dos juros futuros, diante do risco de maior inflação no horizonte.

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