
O Ibovespa registrou alta de 0,70%, aos 108.836,47 pontos, na sessão desta segunda-feira, impulsionado pela notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretender discutir a possibilidade de uma nova meta de inflação apenas depois da apresentação do novo arcabouço fiscal. O tema vinha causando incômodo em investidores porque há reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por definir as metas de inflação, na próxima quinta-feira (16). A Bolsa brasileira foi impulsionada, principalmente, por nomes do setor bancário após o balanço do BTG Pactual.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o mercado à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de janeiro, programado para amanhã, e que poderá dar mais pistas sobre qual será o rumo da política monetária americana. Investidores parecem estar apostando em mais um número forte do CPI, o que mostraria que a inflação está esfriando e poderia dar mais força ao argumento de que as elevações de taxa de juros por parte do Federal Reserve estão próximas do fim. Essas apostas, inclusive, ajudaram na retomada do apetite por maior risco nas últimas semanas.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou queda de 0,87%, cotado a R$ 5,1765, também influenciado positivamente a respeito do rumor sobre o adiamento do debate sobre metas de inflação. Agentes também se mostraram mais otimistas diante da pausa de críticas de integrantes do governo ao Banco Central. Vale lembrar que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, dará uma entrevista hoje ao programa Roda Viva. Além disso, foi observado um fluxo de entrada para exportadores de commodities.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, os bancos subiram em bloco, impulsionados pelos resultados do quarto trimestre de 2022 do BTG Pactual, considerados surpreendentemente positivos por analistas, não só pelos números, mas também pelos guidances. As units do BTG avançaram 2,46%, enquanto Bradesco PN teve acréscimo de 3,55% e Itaú PN registrou alta de 3,53%.
A baixa confiança em torno de Americanas voltou a beneficiar concorrentes, apontadas pelo mercado como apostas para abocanhar grande parte da fatia de mercado deixada pela varejista. Assim, Magazine Luiza ON ganhou 3,51%, enquanto Via ON acelerou 5,37%.
Pelo lado negativo, as ações de Azul PN recuaram 4,31%, com a companhia em processo de renegociação de dívidas para arrendamento de aeronaves. Na última sexta-feira, a Fitch rebaixou os ratings de Azul e de Gol, em perspectiva negativa.

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