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Fechamento B.Side: Ibovespa sobe aos 104 mil pontos impulsionado por aéreas e setor bancário; dólar cai a R$ 5,16 com o mercado à espera do novo arcabouço fiscal

Fechamento B.Side: Ibovespa sobe aos 104 mil pontos impulsionado por aéreas e setor bancário; dólar cai a R$ 5,16 com o mercado à espera do novo arcabouço fiscal

Impulsionado pela disparada das companhias aéreas e pela recuperação do setor bancário, o Ibovespa registrou alta de 0,80%, aos 104.700,32 pontos. Por outro lado, ações ligadas a commodities metálicas pressionaram o índice para baixo. No noticiário político, investidores seguiram à espera de notícias a respeito do novo arcabouço fiscal, que poderá ser anunciado depois do encontro entre o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o jornal “O Globo”, a nova regra fiscal pode usar o PIB per capita como referência para despesas. A ideia seria apresentar a proposta antes da próxima reunião do Copom.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas lutaram para manter os ganhos vistos no final da semana passada, à medida que os rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos, operaram em alta. A Apple liderou os ganhos do setor de tecnologia, com um acréscimo de quase 2%, depois que o Goldman Sachs atribuiu classificação de compra para a companhia. O mercado adota cautela antes do depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano, na terça e na quarta-feira, além da expectativa pela divulgação do payroll, na sexta-feira.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,58%, cotado a R$ 5,1699, com a atenção dos agentes voltadas para o novo arcabouço fiscal. Por aqui, o real conseguiu se sobressair mesmo com a pressão sobre divisas emergentes após a projeção de crescimento da China neste ano apontar para um número próximo a 5%, conforme anunciado ontem pelo premiê Li Keqiang, no início da reunião anual do Congresso Nacional do Povo, com uma perspectiva pior do que o mercado esperava.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia da B3, as ações de Azul PN dispararam 37,98%, com o mercado repercutindo a notícia de que a companhia firmou acordos comerciais com arrendadores para prolongar mais de 90% de suas dívidas. Em entrevista ao Valor, o CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a empresa terá uma economia de caixa na ordem de R$ 3 bilhões em 2023 com a negociação fechada. A empresa também reportou o balanço do quarto trimestre de 2022, com um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, e prejuízo líquido ajustado de R$ 610,5 milhões no período. Ainda no setor, Gol PN acelerou 23,78%.

Já o setor bancário subiu em bloco, com perspectivas mais positivas para o mercado de crédito brasileiro. Bradesco PN registrou alta de 3,34%, Itaú PN teve acréscimo de 2,27% e Banco do Brasil ON se valorizou 2,27%.

O maior apetite a risco na sessão beneficiou ativos mais ligados à economia doméstico, já que os juros futuros operaram em queda nesta segunda-feira. Assim, Via ON disparou 10,35%, Magazine Luiza ON subiu 5,63%, Natura ON ganhou 3,61%, as units de Iguatemi aceleraram 3,24% e MRV ON avançou 3,80%.

Pelo lado negativo, as empresas ligadas a commodities metálicas recuaram em bloco, com Vale ON perdendo 3,53%, Gerdau PN cedendo 3,20%, CSN ON tombando 3,84% e Usiminas PNA com decréscimo de 0,84%.

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