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Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 101 mil pontos pressionado por setor bancário e alcança menor nível desde julho; dólar sobe a R$ 5,27

Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 101 mil pontos pressionado por setor bancário e alcança menor nível desde julho; dólar sobe a R$ 5,27

Assim como aconteceu na maior parte do tempo ao longo da semana, a cautela predominou nos mercados globais na sessão desta sexta-feira, levando o Ibovespa a registrar queda de 1,40%, aos 101.981,53 pontos, em seu menor nível desde 27 de julho. Por aqui, o setor bancário voltou a recuar com força, influenciado pela retomada da aversão a risco para o segmento em âmbito global. Além disso, investidores seguiram atentos ao debate do novo arcabouço fiscal, que foi apresentado hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto sem nenhum anúncio público sobre o tema. Na semana, a Bolsa brasileira acumulou uma desvalorização de 1,58%.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, em meio a preocupações persistentes sobre o setor bancário dos Estados Unidos de que outros bancos possam enfrentar o mesmo destino do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, que decretaram falência na última semana. Mesmo com anúncio de um pacote de auxílio de US$ 30 bilhões, as ações do First Republic Bank recuaram mais de 30%, chegando a perdas superiores a 70% na semana. Assim, agentes preferiram diminuir riscos das carteiras antes do final de semana e aguardar a reabertura do mercado na segunda-feira para tomar decisões. Vale lembrar que teremos reunião do Federal Reserve nos dias 21 e 22 de março, com ampla expectativa por uma elevação de 0,25 ponto percentual.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,58%, cotado a R$ 5,2702, impulsionado pelos dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos, com o índice de março registrando recuo para 63,4 pontos, ante 67 pontos em fevereiro, segundo a Universidade de Michigan. As moedas emergentes, entre elas o real, foram as mais penalizadas no pregão de hoje.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de 3R ON dispararam 16,73%, influenciadas pelo anúncio de que a Petrobras ratificou a continuidade do processo de transição do Polo Potiguar, considerado pelo mercado como um ativo importante para a 3R.

Já os frigoríficos subiram em bloco, beneficiados pela notícia de uma peste suína africana na China, em um cenário de oferta reduzida e demanda aquecida, o que deve favorecer as companhias brasileiras. JBS ON ganhou 2,55%, Minerva ON avançou 3,27%, Marfrig ON registrou alta de 3,24% e BRF ON acelerou 4,63%.

Pelo lado negativo, as ações de Hapvida ON desabaram 10,23%, sem nenhuma notícia específica, mas com fatores macroeconômicos penalizando a empresa, que soma uma desvalorização superior a 40% no mês de março e de 50% em 2023.

O setor bancário voltou a ser fortemente penalizado, com investidores levantando dúvidas sobre a solidez do sistema financeiro global. Bradesco PN caiu 4,17%, Itaú PN tombou 2,87%, Banco do Brasil ON perdeu 1,71% e as units de Santander recuaram 3,97%.

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