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Fechamento B.Side: Ibovespa renova mínima de 2023 com mercado reagindo à decisão do Fed, mas mantém 100 mil pontos; dólar recua a R$ 5,23

Fechamento B.Side: Ibovespa renova mínima de 2023 com mercado reagindo à decisão do Fed, mas mantém 100 mil pontos; dólar recua a R$ 5,23

Em uma sessão marcada por volatilidade, pautada pela decisão de política monetária nos Estados Unidos, o Ibovespa registrou queda de 0,77%, aos 100.220,63 pontos, renovando a mínima de fechamento de 2023. O índice foi pressionado, principalmente, por seus nomes mais relevantes, casos de Petrobras, Vale e setor bancário. Por aqui, investidores também adotaram cautela antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com ampla expectativa pela manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. No entanto, as atenções estarão voltadas para tom do comunicado, principalmente após pressões recorrentes do governo pela diminuição do patamar dos juros brasileiros. Investidores ainda seguiram analisando nomes cotados para diretorias do BC e o adiamento da apresentação do novo arcabouço fiscal.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, repercutindo a decisão do Federal Reserve de elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa entre 4,75% e 5,00%. O presidente da instituição, Jerome Powell, afirmou que o impacto da crise bancária ainda é incerto e que pode afetar as próximas decisões do Fed, além de dizer que cortes de juros em 2023 não estão no cenário-base do banco central americano. Em seu comunicado, o Fed removeu a frase “aumentos contínuos”, sinalizando que o ciclo do aperto monetário está chegando ao fim.

No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou baixa de 0,17%, cotado a R$ 5,2370, em linha com o enfraquecimento da moeda americana ante divisas rivais. As moedas europeias, por exemplo, ganharam força diante da expectativa de maior aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra (BoE). Após a decisão do Fed, o dólar acelerou as perdas, no entanto o real seguiu com desempenho tímido, diante de incertezas políticas e fiscais, além de cautela antes da decisão do Copom.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de MRV ON subiram 4,60% e de Eztec ON aceleraram 4,58%, depois de a Prefeitura de São Paulo anunciar nesta quarta-feira a seleção de 38.870 unidades habitacionais na primeira etapa do programa Pode Entrar, com aportes de R$ 6,035 bilhões, além informar que haverá um lançamento nos próximos dias de um novo edital para a contratação de mais 20 mil unidades habitacionais para o programa, com investimento de cerca de R$ 4 bilhões.

Pelo lado negativo, as ações de BRF ON tombaram 6,83%, impactadas pelo risco de uma gripe aviária na Argentina. Já as ações de JBS ON cederam 3,24%, depois de a companhia encerrar o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 2,350 bilhões, número 63,7% menor ante mesmo período de 2021.

Já os papéis de Vibra ON, antiga BR Distribuidora, recuaram 6,46%, após a companhia reportar um lucro líquido de R$ 566 milhões no quarto trimestre de 2022, o que representa uma queda de 44,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em teleconferência de resultados, o CEO da companhia, Ernesto Pousada, afirmou que a redução da alavancagem está entre os objetivos da empresa para 2023.

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