Bolsas globais iniciam semana de olho em decisão do Fed e do BCE
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam no campo negativo nesta terça-feira, em semana marcada por decisão de política monetária do FOMC, o comitê do Federal Reserve, na quarta-feira, e do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. A expectativa do mercado aponta para uma alta de 0,25 ponto percentual pelo Fed e de 0,50 p.p. pelo BCE. Na Austrália, o BC elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 3,85%. A semana tem ainda divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA, como relatório Jolts hoje e payroll na sexta-feira. Ontem, enquanto os mercados estavam fechados no Brasil, as bolsas de NY fecharam em leve baixa, após a falência do First Republic Bank e compra pelo J.P.Morgan. Na zona do euro, a inflação ao consumidor (CPI) subiu 7,0% em abril, em base anual, de 6,9% em março e em linha com o esperado pelo mercado. O calendário de resultados corporativos da semana tem os números previstos da Pfizer, Uber, Signature Bank, Apple, entre outros.
Mercado aguarda comunicado do BC sobre sinalização de queda de juros
No Brasil, a semana é marcada pela decisão de política monetária do Copom na quarta-feira, cuja expectativa do mercado aponta para manutenção da Selic em 13,75% ao ano. Hoje tem PMI industrial às 10h, leilão de títulos pelo Tesouro às 10h30 e balança comercial mensal. A Aneel manteve bandeira tarifária verde para maio. O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em NY, caiu 0,81% ontem, com baixa de 1,46% dos ADRs da Vale. Hoje também entra em vigor a nova carteira teórica do Ibovespa, que vale até o fim de agosto e terá como novidade a inclusão das ações do IRB, mas saída da Qualicorp, Ecorodovias e Banco Pan. Em pronunciamento no domingo, o presidente Lula confirmou o salário-mínimo de R$ 1.320 e anunciou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários-mínimos, até R$ 2.640. Em evento do Dia do Trabalho, o presidente Lula voltou a criticar a política monetária e os juros elevados. O governo decidiu tributar rendimentos de capital sobre aplicações financeiras no exterior por residentes no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2024.
Agenda de balanços do 1T23 está recheada nesta semana
No noticiário corporativo, o calendário de balanços está recheado nesta semana, com destaque para Gerdau, Lojas Renner, Ultrapar, CSN, Prio, Ambev, Embraer, Eletrobras, Bradesco, Via, entre outros. Hoje, após o fechamento, estão previstos os resultados do Iguatemi, Carrefour Brasil, Arezzo, Isa Cteep, Raia Drogasil, Marcopolo, Vulcabras e Copasa. A Moody’s afirmou rating Ba3 da Natura. A Copel teve queda de 1,1% na distribuição de energia no 1T23 e os acionistas aprovaram, em assembleia, a distribuição de R$ 370 milhões em juros sobre capital próprio. Os acionistas da CSN aprovaram o pagamento de R$ 2,4 bilhões em dividendos. Os acionistas da CSN Mineração aprovaram a distribuição de R$ 1,4 bilhão em dividendos.
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