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Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 101 mil pontos pressionado por mau humor externo, Petrobras e Vale; dólar sobe a R$ 5,04

Pressionado pela mau desempenho de importantes nomes do índice como Vale e Petrobras, o Ibovespa registrou queda de 2,40%, aos 101.926,95 pontos, na sessão desta terça-feira, que marca o retorno do feriado do Dia do Trabalho. Sem nenhum driver doméstico relevante, investidores olharam com mais atenção para o noticiário internacional, onde a palavra de ordem no pregão foi cautela. Somado a isso, questões internas fiscais e aumento de tributação também contribuíram para o menor apetite a risco. Por fim, o mercado aguarda a decisão amanhã do Banco Central, que deve manter a Selic inalterada em 13,75%, contudo é amplamente aguardado o comunicado que a autoridade monetária divulgará, podendo abrir ou fechar as portas para o início do ciclo de corte de juros no Brasil.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com temores renovados em relação ao setor bancário, principalmente depois de o JP Morgan assumir a maior parte dos negócios do First Republic, o terceiro banco a quebrar nos Estados Unidos em um período de três meses. As ações do JP Morgan recuaram 1,60%, enquanto Goldman Sachs, Bank of America e Citigroup, também caíram mais de 2,50%. Além disso, investidores também adotaram cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã, que deverá elevar a taxa de juros americana em 0,25 ponto percentual, de acordo com expectativas do mercado.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,19%, cotado a R$ 5,0467, com divisas emergentes recuando em bloco diante um movimento de busca por maior segurança, o que fortalece a moeda americana. Agentes adotaram cautela de olho no noticiário envolvendo o setor bancário americano e com temores sobre o teto da dívida americana.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de IRB Brasil ON dispararam 8,48%, com o retorno da empresa ao Ibovespa após 4 meses.

Fora do índice, as ações de Light ON aceleraram 9,63%, diante da perspectiva de que a distribuidora consiga, com aval do Ministério de Minas e Energia e da Aneel, uma revisão tarifária extraordinária, o que poderia dar fôlego para a companhia honrar seus compromissos.

Pelo lado negativo, as mineradoras e siderúrgicas recuaram em bloco, mesmo em um dia de fôlego para o minério de ferro em Cingapura e em Qingdao (China). Vale ON perdeu 3,95%, CSN ON se desvalorizou 2,08%, Gerdau PN teve queda de 2,98% e Usiminas PNA registrou decréscimo de 0,69%.

Por fim, os papéis ligados ao petróleo também cederam, refletindo a queda da commodity no mercado internacional diante de um quadro de cautela global. Assim, Petrobras ON e PN caíram 4,46% e 4,05%, respectivamente, enquanto 3R ON cedeu 5,56%.

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