Bolsas globais adotam cautela antes de dado de inflação nos EUA
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam sem fôlego, muito próximos da estabilidade, com o mercado à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio dos Estados Unidos, às 9h30. O dado de inflação pode reforçar as expectativas do mercado de que o Federal Reserve manterá inalterada amanhã a taxa de juros americana. O Banco Popular da China (PboC) cortou sua taxa de recompra reversa de sete dias em 10 pontos-base, injetando no mercado 2 bilhões de yuans chineses (US$ 279,97 milhões). O índice de expectativas econômicas da Alemanha passou de -10,7 pontos, em maio, para -8,5 pontos, em junho, conforme o Instituto ZEW. Entre as commodities, o petróleo sobe cerca de 2%, recuperando parte das perdas de ontem.
Pautas no Congresso continuam no radar do mercado
No cenário doméstico, a agenda do dia está esvaziada em termos de indicadores econômicos. A atenção do mercado ficará voltada para os dados de inflação nos EUA e o andamento de pautas no Congresso como a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Investidores ainda observam a tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre a proposta que prorroga as atuais desonerações de 17 setores da economia até 2027. Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que as revisões para baixo nas estimativas de inflação abrem espaço para corte de juros, mas não informou quando isso poderá ocorrer. Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, divulgou que o cartão de crédito para micro, pequenas e médias empresas deve ser relançado em cerca de quatro meses.
Balanço de Americanas pode atrasar novo plano de RJ
No noticiário corporativo, o trio de acionistas de referência da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – aceitou “lock-up” das ações da companhia por três anos, como parte de acordo com credores, segundo O Estado de S. Paulo e a Bloomberg News. Eles também terão de fazer aportes de R$ 12 bilhões na varejista. O Pipeline informa que há possibilidade de a divulgação do balanço auditado do primeiro trimestre das Americanas atrasar novamente, o que pode resultar na postergação do plano de recuperação judicial da varejista, previsto para o fim de junho. Os planos de saúde individuais e familiares poderão ter aumento de até 9,63%, segundo decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O GPA informou que Guillaume Gras, vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores, deixará a companhia em 31 de julho e será substituído por Rafael Russowsky, atual membro do conselho de administração e diretor de desenvolvimento corporativo e participações do Casino. Na imprensa internacional, circulou a notícia de que há possibilidade de fusão, no exterior, entre Casino e a varejista Auchan. A gestora Appian anunciou venda da Atlantic Nickel e da Mineração Vale Verde – donas das minas de níquel e cobre Serrote e Santa Rita – para a Spac ACG Acquisition Company, segundo o Pipeline. Localizados no Brasil, os ativos foram avaliados em US$ 1 bilhão. A controladora da Wilson Sons, Ocean Wilson, avalia estratégia de investimentos na empresa de operações portuárias. A Bunge – uma das maiores empresas de agronegócio do mundo – anunciou fusão com Viterra – da qual a Glencore é a maior acionista – que resultará em empresa de comércio agrícola com valor de US$ 30 bilhões. A Nasdaq comprou a Azenda – empresa que fornece softwares para bancos e corretoras – por US$ 10,5 bilhões, valor que representa sua maior aquisição, de acordo com o Brazil Journal. A Instant Brands, que fabrica os utensílios de cozinha Pyrex, pediu falência, ontem, nos Estados Unidos.
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