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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 118 mil pontos após comunicado do Copom pressionado por papéis sensíveis aos juros futuros; dólar vai a R$ 4,77

Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 118 mil pontos após comunicado do Copom pressionado por papéis sensíveis aos juros futuros; dólar vai a R$ 4,77

Após o mercado se decepcionar com o comunicado do Copom, que não sinalizou ontem o início do ciclo de corte de juros na próxima reunião de agosto (postura considerada natural pela economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese), o Ibovespa registrou desvalorização de 1,23% na sessão desta quinta-feira, aos 118.934,20 pontos. Assim, papéis mais sensíveis a curva de juros, como construtoras e varejistas, foram os principais responsáveis por puxar a Bolsa brasileira para baixo.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones no vermelho e S&P 500 e Nasdaq no azul, estes dois últimos encerrando uma sequência negativa de três dias, em um movimento de recuperação para as ações de tecnologia. Hoje, o Financial Times alertou para a inversão prolongada da curva de juros dos Treasuries, o que indica que o mercado ainda aposta em recessão nos Estados Unidos. A diferença entre os yields das curvas de 2 anos e 10 anos atingiu seu maior nível em três meses e está invertida desde abril de 2022.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, em leve alta de 0,09%, cotado a R$ 4,7723, em uma sessão na qual a moeda americana se valorizou ante pares do exterior. Hoje, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que, apesar de ter mantido os juros americanos inalterados na reunião da semana passada, a maioria dos membros do Fomc ainda acreditam que novas elevações de juros serão necessárias e que a inflação vai demorar para voltar à meta de 2%.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, apenas nove ações encerraram a sessão desta quinta-feira no campo positivo. A maior valorização veio de Ambev ON, que subiu 1,77%, considerado um papel mais defensivo em um pregão de maior aversão a risco.

Fora do índice, as ações de Light ON avançaram 3,44%, após decisão da Justiça do Rio de Janeiro de acatar o pedido da companhia para suspender as Assembleias Gerais de Debenturistas da 17ª e 24ª emissões. Além disso, a Aneel se posicionou favoravelmente à renovação da concessão, o que também trouxe maior otimismo para a ação.

Pelo lado negativo, papéis mais sensíveis aos juros futuros lideraram as perdas do pregão, diante da abertura da curva, sendo as construtoras e varejistas as principais detratoras. Assim, Eztec ON tombou 6,64%, Alpargatas PN cedeu 5,95%, Magazine Luiza ON perdeu 5,05% e MRV ON se desvalorizou 5,04%.

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