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Fechamento B.Side: Ibovespa cai aos 116 mil pontos em 3ª sessão seguida no campo negativo; dólar acelera a R$ 4,84 com sinalização de novas altas de juros nos EUA

Fechamento B.Side: Ibovespa cai aos 116 mil pontos em 3ª sessão seguida no campo negativo; dólar acelera a R$ 4,84 com sinalização de novas altas de juros nos EUA

Pressionado por um sentimento de aversão a risco no exterior, o Ibovespa registrou queda de 0,72% na sessão desta quarta-feira, aos 116.681,32 pontos, acumulando seu terceiro pregão consecutivo no campo negativo. O principal índice da B3 foi empurrado para baixo, principalmente, pelas ações de Vale. Além disso, os juros futuros de médio e longo prazos bateram suas máximas no final do dia, com o mercado repercutindo negativamente a possibilidade de ampliação do crédito para o setor automotivo e adotando cautela antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que acontece amanhã (29).

Em Wall Street, as bolsas americanas fecharam majoritariamente no vermelho, mas próximas da estabilidade, reagindo a falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante evento em Portugal, afirmando que o banco central americano não descarta novos aumentos sucessivos nas taxas de juros nos Estados Unidos, em sinalização de que o Fed pode promover elevações de juros em suas duas próximas reuniões. “Embora a política (monetária) seja restritiva, pode não ser restritiva o suficiente e não tem sido restritiva o suficiente”, disse Powell.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,02%, cotado a R$ 4,8478, em linha com o movimento global de fortalecimento da moeda americana, com uma postura mais dura do Fed. Somado a isso, contribui para a fraqueza do real o envio de dividendos corporativos para matrizes no exterior e ajustes de portfólio com a proximidade do fim do semestre.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações do setor de educação figuraram entre as maiores altas do Ibovespa, com a volatilidade ditando a tônica dos papéis do segmento nos últimos pregões. Yduqs ON disparou 4,63% e Cogna ON ganhou 1,98%.

Já as ações de Embraer ON aceleraram 4,30%, após o BTG Pactual afirmar, em relatório, que gostaram dos motivos justificados pela companhia para anunciar menos pedidos na Paris Air Show do que pares do setor, por conta de uma estratégia de precificação mais seletiva. “Apesar das preocupações de curto prazo, as perspectivas para os próximos trimestres ainda são boas”, escreveu o BTG.

As companhias aéreas também se destacaram na sessão, impulsionadas pela confirmação da Azul de que a antecipação da troca de dívida foi aceita por 86% dos credores. Assim, Azul PN subiu 1,96% e Gol PN teve acréscimo de 2,59%.

Pelo lado negativo, os papéis de BRF ON tombaram 4,27%, diante de notícias de detecção de casos de gripe aviária no Paraná e no Espírito Santo.

Por fim, as mineradoras e siderúrgicas recuaram em bloco, pressionadas pela queda do lucro industrial de maio na China, o que representa o terceiro mês seguido de baixa. Vale ON cedeu 3,16%, CSN ON perdeu 2,37%, Gerdau PN se desvalorizou 1,53% e Usiminas PNA caiu 1,39%.

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