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Fechamento B.Side: Ibovespa avança aos 122 mil pontos após IPCA-15 melhor do que o esperado e mercado eleva apostas por corte de 0,50 ponto da Selic

Fechamento B.Side: Ibovespa avança aos 122 mil pontos após IPCA-15 melhor do que o esperado e mercado eleva apostas por corte de 0,50 ponto da Selic

Impulsionado pelo bom humor externo e por uma leitura favorável da inflação divulgada hoje, o Ibovespa registrou valorização de 0,55% na sessão desta terça-feira, aos 122.007,77 pontos. Por aqui, o IPCA-15 de julho registrou deflação de 0,07% em relação ao mês anterior, informou o IBGE, número levemente melhor do que o projetado pelo mercado. Assim, os juros futuros voltaram a ceder, abrindo espaço para mais um forte avanço de papéis mais sensíveis à economia doméstica, caso de construtoras e varejistas. Somado a isso, empresas ligadas ao minério de ferro também foram impulsionadas por uma alta do minério de ferro e pela expectativa do mercado de que a China anuncie pacotes de estímulo para o setor de infraestrutura do país asiático. A leitura do IPCA-15 também fez agentes aumentarem suas apostas para um corte na taxa Selic de 0,50 ponto percentual na reunião de semana que vem do Copom.

Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com o índice Dow Jones em seu 12º pregão consecutivo no campo positivo, melhor resultado em mais de seis anos. O mercado agora se concentra na decisão de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada na próxima quarta-feira (26), com ampla expectativa do mercado por uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana. Após o fechamento do mercado, é a vez de Alphabet, controladora do Google, e Microsoft divulgarem seus balanços do segundo trimestre de 2023. Hoje, as ações de General Motors recuaram 3,51%, mesmo depois de a companhia melhorar seu guidance para este ano. Por outro lado, os papéis de General Eletric subiram 6,27%, com o mercado repercutindo uma receita trimestral mais forte do que o esperado.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,36%, cotado a R$ 4,7500, em um movimento de realização de lucros após o real somar uma valorização de cerca de 10% no ano de 2023. Somado a isso, a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos amanhã também impulsionou a moeda americana.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, setores de construtoras, tecnologia e varejistas lideraram os ganhos do pregão, influenciados pela queda dos juros futuros e apoiados pela leitura positiva do IPCA-15 de julho. Assim, Eztec ON acelerou 6,21%, Méliuz ON ganhou 4,20%, Cyrela ON subiu 3,75% e Alpargatas PN teve alta de 3,65%.

Já as mineradoras e siderúrgicas avançaram em bloco, impulsionadas pela valorização superior de 1% do minério de ferro, além da expectativa do mercado após promessa de líderes chineses de apoio para sustentar a segunda maior economia do mundo, como incentivos às vendas de imóveis e outros setor em dificuldades. CSN ON disparou 5,90%, Gerdau PN se valorizou 3,50% e Vale ON teve acréscimo de 3,09%.

Pelo lado negativo, as companhias aéreas lideraram as perdas do dia no Ibovespa, sem notícia específica, com operadores apontando para um movimento de realização de lucros. Além disso, a valorização do petróleo e do dólar na sessão pressionaram o segmento. Gol PN cedeu 3,06% e Azul PN caiu 1,81%.

Por fim, alguns nomes do setor bancário recuaram, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizar ontem uma proposta para extinguir o Juros sobre o Capital Próprio (JCP). Apesar disso, ainda não há uma definição sobre o tema. Mesmo assim, as units de Santander perderam 1,11%, Bradesco ON se desvalorizou 0,54% e Banco do Brasil ON registrou baixa de 0,53%.

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