Em uma sessão de liquidez global enxugada por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que deixou os mercados acionários de Wall Street fechados nesta segunda-feira, o Ibovespa operou com fôlego reduzido e registrou leve queda de 0,10%, aos 117.776,62 pontos. O pregão de alta dos juros futuros pressionou nomes mais cíclicos da Bolsa, caso de construtoras e varejistas.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,12%, cotado a R$ 4,9348, em uma sessão na qual a moeda americana ganhou terreno contra emergentes, com exceção do real, e se enfraqueceu ante divisas fortes, casos de euro e libra. Por aqui, agentes reagiram à revisão altista para o PIB de 2023, com as projeções sendo elevadas de 2,31% para 2,56% ao final deste ano, conforme mostrou o Boletim Focus, refletindo dados mais fortes do que o esperado da atividade brasileira no segundo trimestre e que foram divulgados na semana passada.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, os frigoríficos subiram em bloco, com as ações de Minerva ON liderando os ganhos do setor, em alta de 4,56%, em uma possível reação à notícia de que a companhia está indo ao mercado em busca de financiamento com o objetivo de custear a transação de compra de ativos da Marfrig por R$ 7,5 bilhões, segundo o Brazil Journal. A companhia iniciou hoje um roadshow para levantar um bond entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão.
Em sua estreia no Ibovespa, Vamos ON avançou 1,92%, na nova carteira teórica de referência da B3.
Pelo lado negativo, as construtoras foram pressionadas pela alta dos juros futuros e, somado a isso, com o mercado atento ao julgamento da correção da remuneração do FGTS. Eztec ON teve queda de 2,08%, MRV ON registrou decréscimo de 1,61% e Cyrela ON caiu 1,45%.
Por fim, as varejistas também sofreram com o estresse no mercado dos DIs, diante de um menor apetite a risco por conta de incertezas fiscais no País. Magazine Luiza ON perdeu 2,80%, Via ON cedeu 2,33%, Lojas Renner ON caiu 1,97% e Grupo Soma ON se desvalorizou 1,69%.
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