B.Side Insights

Daily report

Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 115 mil pontos pressionado por nova escalada dos Treasuries; dólar avança a R$ 5,06

Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 115 mil pontos pressionado por nova escalada dos Treasuries; dólar avança a R$ 5,06

Depois de três sessões consecutivas no campo positivo, o Ibovespa voltou a operar no negativo na sessão desta segunda-feira, em queda de 1,29%, aos 115.056,86 pontos, pressionado novamente pela retomada de um sentimento de aversão a risco global. O apetite a risco reduzido dos mercados acionários é explicado por uma nova rodada de alta dos juros dos Treasuries, os títulos públicos americanos, cujos papéis com vencimentos de 10 e 30 anos renovaram suas máximas em mais de uma década, o que também influenciou na aceleração dos juros futuros domésticos. Por aqui, o saldo do Caged em agosto, com geração de 220.844 vagas, superando a projeção de criação de 209.692 postos de trabalho, trouxe pressão adicional aos DIs.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones no vermelho e S&P 500 e Nasdaq no azul, mas com fôlego reduzido. A notícia de que o Congresso americano conseguiu chegar a um acordo pelos próximos 45 dias para evitar a paralisação das atividades do governo de Joe Biden teve efeito limitado nos mercados. Os retornos dos títulos soberanos dos Estados Unidos aumentaram diante da leitura de que os juros americanos permanecerão elevados por tempo prolongado no país, visão reforçada por dados da indústria mais fortes do que o esperado e por falas mais duras de dirigentes do Federal Reserve. A diretora do Fed Michelle Bowman disse que considera “apropriado” subir ainda mais os juros e mantê-los em “nível restritivo por algum tempo”, enquanto o diretor Michael Baar afirmou que é mais importante saber por quanto tempo os juros terão de seguir em níveis restritivos para combater a inflação.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,79%, cotado a R$ 5,0667, influenciado por dados mais fortes do que o esperado de PMIs nos EUA e por novo avanço dos Treasuries, o que aumenta a busca pela moeda americana e diminui a atratividade de divisas emergentes. Na máxima do dia, o dólar chegou a atingir o patamar de R$ 5,08.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Fleury ON subiram 3,37%, após o Citi elevar a recomendação da companhia de neutro para compra, além de elevar o preço-alvo do papel de R$ 17 para R$ 18.

Já as ações de BB Seguridade ON avançaram 2,34%, por serem consideradas como um papel mais defensivo e bom pagador de dividendos.

Pelo lado negativo, a nova escalada dos juros futuros voltou a pressionar nomes mais cíclicos da Bolsa brasileira. Vamos ON tombou 8,41%, MRV ON caiu 6,56%, Azul PN se desvalorizou 6,15% e Magazine Luiza ON teve decréscimo de 5,19%.

Por fim, a desvalorização do petróleo no mercado internacional levou ativos ligados à commodity ao campo negativo. Os papéis de Petrobras ON e PN recuaram 1,90% e 1,50%, respectivamente, enquanto Prio ON perdeu 3,49% e 3R ON cedeu 1,96%.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Artigo anterior Wealth Planning Insights – Setembro 2023
Próxima artigo Morning Call B.Side: bolsas globais permanecem no vermelho com pressão dos Treasuries; produção industrial registra alta de 0,40% em agosto