B.Side Insights

Daily report

Fechamento B.Side: Ibovespa retoma os 113 mil pontos com recuperação de Petrobras e mercados acionários de NY; dólar cai abaixo de R$ 5 após quase 1 mês

Em um dia de recuperação para os mercados acionários em âmbito global, o Ibovespa surfou na onda de um maior apetite a risco e registrou alta de 0,87% na sessão desta terça-feira, aos 113.761,90 pontos. O principal índice da B3 também foi impulsionado por uma reabilitação das ações de Petrobras, que recuperaram parte da forte desvalorização sofrida ontem, quando tombou 6%. Em Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a reunião de líderes que seria realizada hoje para definir a pauta de votação da Casa esta semana. Assim, o projeto de lei sobre a taxação de fundos exclusivos e offshores deve ser votado apenas amanhã em plenário.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, diante de uma forte baixa no rendimento dos Treasuries, os títulos públicos americanos. O papel com vencimento em 10 anos, que chegou a superar a marca de 5% na última semana, se afastou do nível atingido anteriormente e caiu para um patamar de 4,8%. Além disso, o mercado também foi apoiado por balanços corporativos, com resultados da General Electric (+6,50%), da 3M (+5,25%) e da Cola-Cola (+2,88%). Antes de publicar resultados, as ações de Alphabet e Microsoft avançaram 1,69% e 0,37%, respectivamente.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,46%, cotado a R$ 4,9937, diante de ingresso de fluxo de exportadores por conta do avanço do minério de ferro e de commodities agrícolas, que beneficiam o apetite pelo real. Além disso, há maior entrada de investidores estrangeiros via Bolsa, diante da queda dos Treasuries americanos, especialmente os mais longos com vencimento em 30 anos, e pelo anúncio de novos estímulos governamentais na China. Este é o menor fechamento do dólar desde 26 de setembro, quando a moeda americana atingiu o nível de R$ 4,987.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN avançaram 1,54% e 1,50%, respectivamente, com o mercado ainda digerindo a possibilidade de mudanças no estatuto da companhia, especialmente na indicação de e pagamento de dividendos. No entanto, apesar de um maior apetite a risco para o papel, a queda de 2% do petróleo no mercado internacional freou os ganhos da estatal.

Na maior alta do Ibovespa, os papéis de Alpargatas PN se valorizaram 5,24%, se beneficiando do cenário de maior otimismo. Apesar do alívio pontual, a ação acumula desvalorização de 48% em 2023 e ainda registra queda de 2,73% no mês de outubro.

Pelo lado negativo, as ações de Magazine Luiza ON tombaram 6,62%, mesmo com a queda dos juros futuros, o que em tese é positivo para o papel. Hoje, a presidente do conselho de administração da companhia, Luiza Helena Trajano, afirmou que a empresa está “apanhando muito na Bolsa” porque “sempre acreditou em loja física”, além de dizer que a atual crise do varejo não é a primeira do setor e, para ela, servirá para solidificar o Magalu, diante do crescimento dos últimos anos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Artigo anterior Morning Call B.Side: Câmara deve votar projeto que taxa fundos exclusivos e offshores; futuros de NY engatam recuperação nesta terça-feira
Próxima artigo Morning Call B.Side: bolsas globais operam sem fôlego nesta quarta com temporada corporativos no radar; Santander, Weg e Klabin divulgam balanços do 3T23