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Fechamento B.Side: Ibovespa avança aos 114 mil pontos com alívio dos juros futuros e IPCA-15 em linha com o esperado; dólar cai novamente abaixo de R$ 5

Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou valorização de 1,73% na sessão desta quinta-feira, aos 114.776,86 pontos, beneficiado pelo alívio no rendimento dos Treasuries, os títulos públicos americanos, que, consequentemente, também auxiliaram no movimento de arrefecimento dos juros futuros brasileiros. Somado a isso, o IPCA-15 de outubro, que registrou avanço de 0,21% e veio em linha com o esperado, trouxe maior apetite a risco para os ativos locais. Por outro lado, a queda do petróleo no mercado internacional pressionou os papéis de Petrobras e impediu uma recuperação ainda mais acentuada da Bolsa brasileira.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com pior desempenho para o índice Nasdaq, pressionado por uma leitura negativa do mercado em relação aos balanços do terceiro trimestre de 2023 das gigantes de tecnologia. A última a sofrer com a frustração de investidores foi Meta, cujas ações caíram 3,73%, com números trimestrais decepcionantes em relação a anúncios. Antes da empresa de Mark Zuckerberg, a Alphabet, controladora do Google, foi uma das companhias mais afetadas pelo balanço corporativo. Além disso, na agenda econômica, os EUA divulgaram a primeira leitura do PIB do terceiro trimestre, que avançou 4,9% em taxa anualizada, acima do esperado, e levantando novas preocupações em relação à resiliência da atividade americana e, consequentemente, a possibilidade de novos aumentos nos juros por parte do Federal Reserve. Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas após 10 altas consecutivas..

No mercado de câmbio, o dólar à vista passou por um pregão de volatilidade e caiu 0,23%, cotado a R$ 4,9902, diante de uma menor pressão dos Treasuries e com uma percepção de desaceleração inflacionária, o que ajudou moedas emergentes e ligadas a commodities a se apreciarem. Contudo, a moeda americana ganhou terreno contra divisas fortes, casos do euro e do iene.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques positivos do dia na B3, o alívio na curva de juros futuros proporcionou um movimento de recuperação para ativos mais sensíveis à economia doméstica. Assim, Carrefour ON acelerou 6,96%, Assaí ON ganhou 6,07%, MRV ON avançou 5,22% e Casas Bahia ON se valorizou 4,17%.

Já as ações de Energisa ON subiram 4,27%, após a companhia divulgar que as vendas consolidadas de energia elétrica aumentaram 7,6% em setembro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relatório, o BTG Pactual afirmou que a prévia operacional “manteve a tendência de alta reportada no último trimestre, com os volumes consolidados de distribuição crescendo 3,8% na comparação anual”.

Pelo lado negativo, apenas quatro papéis encerraram o dia no vermelho. O pior desempenho ficou por conta das ações de BRF ON, que perderam 2,25%, sem notícia específica e na contramão dos outros frigoríficos. Apesar da queda, BRF ainda acumula alta de 6,77% no mês de outubro.

Por fim, pressionadas pela queda de cerca de 2% do petróleo no mercado internacional, as ações de Petrobras ON e PN cederam 0,74% e 1,03%, respectivamente, enquanto Prio ON recuou 0,74%.

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