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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 112 mil pontos na contramão de NY e dólar avança a R$ 5,04 diante de receios renovados com situação fiscal do País

Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,68% na sessão desta segunda-feira, aos 112.531,52 pontos, em seu menor nível de fechamento desde 1º de junho, diante de uma percepção do mercado de que o governo federal não vá cumprir a meta de déficit zero no resultado primário de 2024. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até tentou colocar panos quentes na fala de ontem do presidente Lula e reiterou o compromisso com a meta fiscal, contudo não conseguiu convencer o mercado de que todos os membros do governo estão alinhados ao objetivo. Entre os indicadores econômicos, o Brasil registrou, segundo o Caged, a criação de 211 mil empregos formais em setembro, número acima do esperado pelo mercado, mas que não fez tanto preço.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, em movimento de recuperação após fortes perdas da semana anterior, com o mercado de olho na decisão de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada nesta quarta-feira, com ampla expectativa do mercado pela manutenção dos juros por parte do banco central americano. O mercado ainda aguarda pela sinalização de que o Fed encerre de uma vez por todas o movimento de aperto monetário. No cenário geopolítico, os conflitos entre Israel e Hamas foram amenizados, pelo menos sob a ótica dos investidores, o que foi refletido no recuo dos preços do petróleo. Por fim, o mercado espera pela divulgação de balanços corporativos, caso da Apple.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,67%, cotado a R$ 5,0469, com o real também sendo afetado por ruídos fiscais renovados. Operadores apontaram para um movimento comprador no mercado futuro e recomposição de posições vendidas, isto é, que apostam na queda da divisa brasileira ante o dólar. As indicações do economista Paulo Picchetti no lugar de Fernanda Guardado, na diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central, e de Rodrigo Teixeira como substituto de Maurício Moura, na diretoria de Relacionamento e Cidadania, levaram o dólar a operar abaixo dos R$ 5,00 de maneira pontual, movimento que foi revertido posteriormente. Os nomes ainda passarão por sabatina no Senado.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques positivos do dia na B3, as ações de Usiminas PNA aceleraram 4,49%, dando continuidade aos ganhos de sexta-feira, quando a siderúrgica subiu 4,18%. O movimento de alta se dá por um misto da valorização de 2,5% do minério de ferro em Dalian, na China, e pelo balanço do terceiro trimestre de 2023, divulgado na semana passada.

Pelo lado negativo, as ações de Braskem PNA tombaram 5,47%, após a companhia apontar que as vendas de produtos químicos no mercado brasileiro recuaram 21% no 3T23 em relação ao mesmo período do ano anterior. 

O sentimento de aversão a risco no mercado voltou a atingir em cheio as varejistas. Casas Bahia ON recuou 6,25%, Magazine Luiza ON cedeu 6,16%, Hypera ON perdeu 4,72% e Petz ON teve baixa de 4,87%.

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