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Fechamento B.Side: Ibovespa avança aos 119 mil pontos impulsionado por setor bancário e ata do Copom; dólar recua a R$ 4,87

Em linha com o movimento de alta dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou avanço de 0,71% na sessão desta terça-feira, aos 119.268,06 pontos, impulsionado pelo setor bancário, que subiu em bloco após o balanço do terceiro trimestre do Itaú Unibanco. Este foi o quinto pregão seguido da Bolsa brasileiro no azul.

Por aqui, a ata da última reunião do Copom reportou que as expectativa de inflação seguem desancoradas e ainda preocupam, além de endurecer o discurso relacionado ao risco fiscal do País, diante do debate sobre a mudança de meta para 2024, quando o governo prometeu entregar a zeragem do déficit primário. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou que considera apropriado o ritmo de corte de 0,50 ponto percentual para a taxa Selic nas próximas reuniões. Em Brasília, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por 20 votos a 6, o texto-base da PEC da reforma tributária. A versão final do parecer do relator Eduardo Braga (MDB-AM) segue para o plenário da Casa.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o índice S&P 500 registrando seu sétimo pregão consecutivo no campo positivo. O setor de tecnologia se destacou, diante da queda dos rendimentos dos Treasuries de 10 anos. As ações de Microsoft, Apple e Amazon avançaram mais de 1%. A forte queda de 4% do petróleo no mercado internacional, pressionado por sinais de fraqueza na China e na Europa, também contribuiu para um sentimento de menos pessimismo relacionado à inflação americana.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,26%, cotado a R$ 4,8750, apoiado pelas declarações de Campos Neto de que “o diferencial de juros do Brasil com os EUA ainda é alto e não limita muito nosso espaço (de cortes da taxa Selic)”. Além disso, as apostas majoritárias pelo fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos também trouxeram mais apetite a risco, especialmente para divisas emergentes, como é o caso do real.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques positivos do dia na B3, as ações de Itaú PN subiram 2,80%, após o banco reportar lucro líquido gerencial recorrente de R$ 9,04 bilhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 11,9% na comparação com o mesmo período de 2022. No setor, Bradesco PN acelerou 2,64%, Banco do Brasil ON ganhou 1,13%, as units do BTG Pactual avançaram 1,86% e as units de Santander tiveram acréscimo de 2,77%.

Já algumas varejistas, consideradas bastante “amassadas” e com valuations atrativos, tiveram uma sessão de recuperação, diante de um cenário de menor aversão a risco. Magazine Luiza ON disparou 23,78%, Casas Bahia ON se valorizou 11,77%, Grupo Soma ON subiu 7,58% e Arezzo ON registrou alta de 7,53%.

Pelo lado negativo, as ações ligadas ao petróleo acompanharam o forte recuo da commodity no mercado externo. Assim, os papéis de Petrobras ON e PN cederam 2,21% e 1,66%, respectivamente, enquanto Prio ON registraram baixa de 2,48%.

As mineradoras e siderúrgicas também caíram em bloco, em linha com a desvalorização do minério de ferro. Vale ON perdeu 1,99%, Gerdau PN recuou 1,38% e Usiminas PNA teve leve decréscimo de 0,15%.

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