No retorno do feriado da Proclamação da República, o Ibovespa registrou alta de 1,20% na sessão desta quinta-feira, aos 124.639,24 pontos, em sua máxima desde o fim de julho de 2021. A Bolsa brasileira se ajustou ao movimento de valorização visto ontem nos mercados acionários no exterior, depois de dados positivos de inflação nos Estados Unidos e no Reino Unido, que elevaram as apostas de investidores pelo fim do ciclo de alta de juros nos dois países. Nem mesmo a forte queda do petróleo, que puxou as ações de Petrobras para baixo, foi suficiente para diminuir o apetite dos agentes. Além disso, a notícia de que o governo decidiu manter a meta de déficit fiscal zerado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 também trouxe fôlego adicional. No entanto, vale ressaltar que a mudança na meta fiscal do próximo ano ainda pode ser rediscutida no futuro.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no vermelho, encerrando uma sequência de quatro altas consecutivas, e S&P 500 e Nasdaq no azul. Apesar da baixa volatilidade nesta quinta-feira, os mercados acionários de Nova York já acumulam avanços expressivos em novembro, impulsionado por dados econômicos considerados positivos que afastam a possibilidade de o Federal Reserve promover uma nova elevação de juros nos EUA. Apesar da visão do mercado, as diretoras do Fed, Loretta Mester e Lisa Cook, afirmaram que ainda há dúvidas sobre os próximos passos para os juros americanos e que o banco central americano está focado em levar a inflação para a meta de 2%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,17%, cotado a R$ 4,8701, diante de sinais mistos. Por um lado, a queda das commodities, especialmente o petróleo, atrapalhou o desempenho das divisas exportadoras, mas, por outro lado, o ambiente externo mais favorável impediu uma queda mais acentuada do real. Durante a manhã, a moeda americana chegou a operar no vermelho e tocou os R$ 4,8370.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Magazine Luiza ON dispararam 24,43%, negociadas acima de R$ 2,00 depois de quase dois meses. Os papéis das varejistas vêm passando por movimentos de extrema volatilidade, especialmente após os ajustes contábeis reportados junto com o balanço do terceiro trimestre de 2023, divulgado na última segunda-feira.
Pelo lado negativo, os papéis ligados ao petróleo recuaram em bloco, em linha com a forte desvalorização de quase 5% do petróleo no mercado internacional. Assim, Prio ON tombou 3,53%, enquanto Petrobras ON e PN cederam 2,02% e 1,74%, respectivamente.
Em Nova York, as ações do Nubank caíram 3,92%, após o banco reportar lucro líquido de US$ 303 milhões no terceiro trimestre de 2023, número 39 vezes maior na comparação com o mesmo período de 2022. Segundo o BTG Pactual, os resultados foram “muito fortes”, mas já estavam sendo precificados pelo mercado.
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