Em linha com o movimento de queda dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,26% na sessão desta terça-feira, aos 125.626,03 pontos, encerrando uma sequência de quatro pregões consecutivos no azul. Se por um lado as ações de Petrobras puxaram o índice para baixo, por outro lado os papéis de Vale impediram um recuo ainda mais acentuado da Bolsa brasileira. Em meio ao avanço dos rendimentos dos Treasuries, os juros futuros domésticos também operaram em alta, o que também diminui o apetite a risco dos ativos mais cíclicos e, portanto, considerados mais dependentes da economia brasileira.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado reagindo à ata da última reunião do Federal Reserve, com dirigentes sinalizando que o banco central americano ainda pode subir juros nos Estados Unidos caso a inflação não caia o suficiente. Segundo o documento, o Fed precifica que manterá a taxa de juros inalterada em sua próxima reunião de dezembro, e há 59% de chance de começar a promover cortes a partir do encontro de maio.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 0,96%, cotado a R$ 4,8983, alinhado com o movimento de fortalecimento da moeda americana ante divisas emergentes, especialmente as da América Latina. Com o resultado de hoje, o real praticamente anulou os ganhos de ontem, quando atingiu o patamar de R$ 4,85, seu menor nível desde 2 de agosto.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as mineradoras e siderúrgicas voltaram a subir, impactadas positivamente pela valorização de quase 2% do minério de ferro na China. Vale ON ganhou 2,42%, CSN ON avançou 0,84%, Usiminas PNA teve alta de 0,26% e Gerdau PN registrou acréscimo de 1,65%.
Pelo lado negativo, diante do avanço dos juros futuros, as varejistas recuaram em bloco, com exceção de Americanas ON, que disparou 16,83%, com a possibilidade de um acordo de R$ 24 bilhões entre investidores e credores. Assim, Magazine Luiza ON tombou 6,58%, Arezzo ON perdeu 3,14% e Grupo Soma ON cedeu 4,07%.
Já as ações de Petrobras ON e PN se desvalorizaram 0,99% e 0,65%, respectivamente, com o mercado de olho na reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o CEO da estatal, Jean Paul Prates. O presidente da Petrobras classificou o encontro como positivo e negou que recebeu um pedido para baixar o preço de combustíveis.
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