Pressionado pela queda das ações de Petrobras, um dos principais nomes da Bolsa brasileira, o Ibovespa registrou baixa de 0,29% na sessão desta quarta-feira, aos 126.165,64 pontos, em dia marcado por apetite a risco reduzido tanto local quanto externo. Em Brasília, o Senado aprovou o projeto de lei que prevê a taxação de fundos exclusivos e offshores, que agora segue para sanção presidencial. A proposta estabelece uma alíquota de 15% para fundos no exterior e fundos exclusivos de longo prazo e de 20% para fundos exclusivos de curto prazo.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único e encerraram o dia próximas da estabilidade. Apesar do pregão morno, os mercados acionários de Nova York caminham para seu maior ganho mensal em 2023 e se aproximam das máximas no ano, diante da percepção do mercado de que o ciclo de aperto monetário promovido pelo Federal Reserve chegou ao fim e, inclusive, agentes já vislumbram cortes de juros. Esta visão foi reforçada pelo Livro Bege, que destacou a desaceleração econômica dos EUA. O rendimento dos Treasuries de 10 anos recuaram para a marca de 4,3% pela primeira vez desde setembro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 4,8876, em movimento de ajuste após acumular queda de quase 3% em novembro. Hoje, a segunda leitura do PIB do terceiro trimestre dos EUA mostrou um crescimento de 5,2% em ritmo anualizado, resultado acima da leitura anterior e das expectativas do mercado. O dado, no entanto, não alterou a visão do mercado de expectativa de afrouxamento monetário.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Vibra Energia ON subiram 3,48%, após o conselho de administração da companhia recusar uma fusão com a Eneva.
As ações de Lojas Renner ON avançaram 4,14%, diante dos rumores de que o governo pode tributar compras no exterior inferiores ao valor de US$ 50.
Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN recuaram 1,32% e 1,04%, respectivamente, mesmo em uma sessão na qual o petróleo subiu mais de 1% no mercado internacional, após relatos de que a Opep+ estudar realizar novos cortes de oferta da commodity. Em relação à estatal, o mercado adota cautela antes da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para amanhã, para definição de provisão de dividendos.
Já os papéis de MRV ON tombaram 4,64%, depois de o conselho de administração da construtora aprovar a 24ª emissão de debêntures simples, em até quatro séries, no valor de R$ 600 milhões, com o mercado de olho no endividamento da companhia.
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