Em um movimento de retração nos primeiros pregões de 2024, ao contrário da alta vista no final do ano passado, o Ibovespa registrou queda de 1,21% na sessão desta quinta-feira, aos 131.225,91 pontos. O principal índice da B3 foi pressionado por um queda generalizada de ações, especialmente de seus nomes mais relevantes, casos de Petrobras, Vale e do setor bancário. A valorização dos juros futuros também pressionou papéis de setores domésticos, casos de varejo e construção. A agenda econômica esvaziada dificulta a tomada de apetite a risco, com o noticiário internacional ganhando maior relevância.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no azul e S&P 500 e Nasdaq no vermelho, com os papéis de tecnologia novamente pressionados pela escalada dos rendimentos dos Treasuries. Hoje, o relatório ADP mostrou a criação de 164 mil vagas de trabalho no setor privado dos EUA em dezembro, acima das projeções, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desemprego registraram baixa mais forte do que se previa. Ambos os dados fizeram o mercado reduzir as expectativas de corte de juros por parte do Federal Reserve na reunião de março. Amanhã teremos a divulgação do payroll, dado importante para mostrar como anda o mercado de trabalho americano.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,15%, cotado a R$ 4,9079, em uma sessão marcada por baixa liquidez e volatilidade, com a estabilidade ditando o ritmo das negociações. A moeda americana também perdeu terreno na comparação com divisas fortes, casos de euro e libra, diante de dados que mostraram a resiliência do mercado de trabalho e esfriaram apostas de início de corte de juros no primeiro trimestre.
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