Bolsas globais não definem sinal único à espera de payroll
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias não definem sinal único nesta sexta-feira, com o mercado à espera da divulgação do payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos, que será divulgado às 10h, com dados de geração de postos de trabalho, taxa de desemprego e salário média hora. O indicador será fundamental para balizar as apostas de investidores a respeito dos próximos passos do Federal Reserve e do início do ciclo de corte de juros nos EUA. Também é aguardado o discurso do presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, Na China, teremos a divulgação dos índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de fevereiro. Na Alemanha, a produção industrial subiu 1% em janeiro ante dezembro, acima das projeções de alta de 0,7%. Já o PPI alemão caiu 4,4% em janeiro ante igual mês do ano passado, uma deflação anual menor do que a prevista de 6,8%. Na zona do euro, o Produto Interno bruto (PIB) do quarto trimestre ficou estável na margem na leitura final, em linha com o esperado. Entre as commodities, o petróleo opera em queda de cerca de 0,5%, enquanto o minério de ferro fechou em baixa de 1,13% em Dalian, na China.
ADRs de Petrobras registram baixa de 12% no pré-mercado de NY
No cenário doméstico, as atenções ficam voltadas para a Petrobras, após a estatal divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2024 ontem à noite. O ADR da companhia cai cerca de 12% no pré-mercado de Nova York, o que pode contaminar outros ativos domésticos. Já o EWZ, principal ETF brasileira negociado em NY, registra desvalorização de quase 2% Além disso, o mercado também fica atento ao noticiário envolvendo Vale, com a possibilidade de uma definição sobre a sucessão na presidência da mineradora. Por outro lado, o recuo dos retornos dos Treasuries e do dólar no exterior podem dar algum alívio aos juros futuros domésticos e impulsionar o real.
Petrobras registra queda de 28,4% no lucro do 4T23 e dividendos entram em pauta
No noticiário corporativo, a Petrobras reportou lucro líquido de R$ 31 bilhões no quarto trimestre de 2023, o que representa uma queda de 28,4% em relação ao mesmo período de 2022. Em 2023, a Petrobras lucrou R$ 124,6 bilhões, 33,8% a menos do que no ano anterior, o segundo maior resultado de sua história. No entanto, o que incomodou os investidores foi o fato da estatal não distribuir dividendos extraordinários, apenas aprovando proventos mínimos, no valor de R$ 14,2 bilhões relativos ao resultado do 4T23, ou R$ 1,09 por ação. Em 2023, a Petrobras terá pago R$ 72,4 bilhões em proventos a seus acionistas. O mercado digere ainda resultados do quarto trimestre de 2023 de CBA, Arezzo, Fleury, Petz e Enauta. A Klabin aprovou um aumento do capital social no valor de R$ 1,6 bilhão, mediante a bonificação de ações.
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