Em linha com o sentimento negativo nos mercados acionários de Nova York depois de um dado de inflação pior do que o esperado, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,25% na sessão desta quinta-feira, aos 127.689,97 pontos. O principal índice da B3 foi pressionado, principalmente, por ações ligadas a commodities e que têm peso relevante, casos de Vale ON (-1,27%) e Petrobras PN (-0,44%). Por aqui, os juros futuros avançaram reagindo às vendas no varejo ampliado que subiram 2,4% em janeiro na comparação com o mês anterior, bem acima dos 0,5% esperados, levantando dúvidas se o Banco Central tem tanto espaço para redução da taxa Selic a patamares que o mercado está precificando atualmente.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, após o índice de preços ao produtor (PPI) registrar alta de 0,6% em fevereiro na comparação com janeiro e um avanço de 1,6% em base anualizada, acima das projeções de valorização de 0,3% e 1,1%, respectivamente. Assim, a leitura do mercado é de que uma inflação mais quente do que o esperado por fazer com que o Federal Reserve adote uma postura mais conversadora em relação ao início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. O resultado do PPI pressionou o rendimento dos Treasuries para cima, com o papel com vencimento de 10 anos somando 10 pontos-base. As ações de Nvidia recuaram 3,24%, no vermelho pela quarta vez nos últimos cinco pregões.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve alta de 0,22%, cotado a R$ 4,9870, em uma sessão na qual a moeda americana se fortaleceu ante as principais divisas globais, repercutindo o resultado da inflação americana divulgada hoje.
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