Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou alta de 0,44% na sessão desta terça-feira, aos 127.548,52 pontos. O principal índice da B3 foi impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho dos ativos ligados a commodities, com a valorização de 2,58% das ações de Petrobras PN e do avanço de 1,18% de Vale ON, beneficiadas pelos ganhos de 1,7% do petróleo e de 3,09% do minério de ferro, respectivamente. As commodities foram beneficiadas tanto por tensões geopolíticas no Oriente Médio, caso do petróleo, quanto por dados robustos na economia chinesa, para o minério.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, em um pregão na qual a leitura de que o Federal Reserve pode adotar uma postura mais cautelosa no processo de corte de juros nos Estados Unidos foi reforçada. Primeiro, pelos dados econômicos. Hoje, o relatório Jolts apontou para a abertura de 8,756 milhões de postos de trabalho em fevereiro, levemente abaixo da previsão de 8,770 milhões de vagas, mas ainda sim apontando para um mercado de trabalho resiliente. Somado a isso, dirigentes do banco central americano também adotaram um tom defensivo. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, alertou para o risco de um afrouxamento monetário prematuro. Já a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, reforçou a visão de que espera três cortes de juros em 2024.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, em ligeira queda de 0,02%, cotado a R$ 5,0583. A sessão foi marcada pela intervenção do Banco Central, que não acontecia desde dezembro de 2022. O BC vendeu US$ 1 bilhão de swaps cambiais. Em âmbito global, a moeda americana apresentou desvalorização na comparação com divisas emergentes, movimento que não foi acompanhado pelo real.
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