Em linha com o apetite a risco reduzido em âmbito global por conta de temores de conflitos no Oriente Médio, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,49% na sessão desta segunda-feira, aos 125.333,89 pontos. O principal índice da B3 completou o quarto pregão consecutivo no campo vermelho, pressionado negativamente por papéis do setor bancário. Por outro lado, as ações ligadas a commodities, casos de Vale ON (+0,58%) e Petrobras PN (+0,95%), impediram um recuo mais acentuado da Bolsa brasileira. Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta de resultado primário do governo federal em 2025 será de 0% do PIB. Antes, a estimativa era de um superávit primário de 0,5% do PIB.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado atento à possível escalada das tensões entre Israel e Irã, após ataque iranianos ao território israelense no último final de semana. Assim, na contramão da forte queda nos mercados acionários de Nova York, os rendimentos dos Treasuries aceleraram. Além das tensões geopolíticas, as vendas no varejo dos Estados Unidos registraram alta de 0,7% em março, bem acima dos 0,3% projetados pelo mercado, o que reforçou ainda mais a visão de resiliência da economia americana e juros mais altos por tempo prolongado. No noticiário corporativo, as ações do Goldman Sachs subiram 2,89%, depois de o banco reportar um balanço considerado forte no primeiro trimestre de 22024.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,25%, cotado a R$ 5,1852, em linha com a valorização da moeda americana em âmbito global, considerada um porto seguro em cenários de maior estresse. Somado a isso, temores fiscais domésticos após a mudança da meta do próximo ano também contribuíram para a desvalorização acentuada do real.
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