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Fechamento B.Side: Ibovespa cede aos 124 mil pontos e dólar acelera a R$ 5,26 com exterior negativo e riscos fiscais no radar

Fechamento B.Side: Ibovespa cede aos 124 mil pontos e dólar acelera a R$ 5,26 com exterior negativo e riscos fiscais no radar

Em linha com o sentimento negativo do exterior, o Ibovespa registrou queda de 0,75% na sessão desta terça-feira, aos 124.388,62 pontos, em um dia de apetite a risco reduzido para os ativos locais. Os motivos para o estresse generalizado permanecem os mesmos: dúvidas sobre o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, temores geopolíticos e riscos fiscais domésticos crescentes. O principal índice da B3, que se encontra no nível mais baixo desde novembro de 2023, mais uma vez foi pressionado pela desvalorização do setor bancário e de Vale ON (-1,00%). Por outro lado, as ações de Petrobras ON e PN subiram 0,46% e 0,61%, respectivamente.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com as atenções do mercado voltadas para o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao declarar que a economia americana permanece forte, que não vê a inflação convergir na velocidade que gostaria para a meta de 2% estabelecida pelo banco central americano e que ainda não enxerga espaço para iniciar o ciclo de corte de juros nos EUA sob as condições citadas anteriormente. No noticiário corporativo, as ações de UnitedHealth dispararam 5,28%, após a companhia reportar uma receita acima do esperado no primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, os papéis de Johnson & Johnson perderam 2,15%, com resultados considerados mistos. No setor bancário, Morgan Stanley avançou 2,45% e Bank of America cedeu 3,50%, com o mercado reagindo aos balanços do 1T24.

No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,61%, cotado a R$ 5,2688, em um pregão negativo para praticamente todas as divisas emergentes, pressionadas pela escalada dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos. Somado a isso, o real ainda é penalizado pela piora na percepção do risco fiscal doméstico, após o governo federal propor a redução da meta de superávit primário para os próximos anos. Para 2025 e 2026, o governo anunciou que pretende atingir meta fiscal zero e de 0,25% do PIB, respectivamente, ante estimativa anterior de superávit de 0,5% e de 1% do PIB.

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