Em linha com o sentimento positivo no exterior após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, o Ibovespa registrou valorização de 1,51% na sessão desta sexta-feira, aos 126.526,27 pontos. A Bolsa brasileira encerrou uma sequência de três dias consecutivos no campo negativo. Por aqui, o IPCA-15 subiu 0,21% em abril, abaixo dos 0,29% esperados e desacelerando em relação aos 0,36% observados em maio. Com isso, o acumulado do ano foi a 1,67%, e, em 12 meses, 3,77%. Os dados de hoje, na opinião da economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, deixam a possibilidade de um novo corte de 50bps na mesa para a próxima reunião do Copom.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, depois de o PCE, indicador de inflação considerado como o favorito do Federal Reserve, subir 0,3% em março em linha com as expectativas e repetindo o resultado de abril. Segundo Veronese, o PCE de hoje foi bem recebido pelo mercado porque, mesmo com os números anualizados um pouco acima do esperado, os dados trimestrais divulgados ontem vieram tão ruins que agentes certamente se preparavam para algo pior. Após a divulgação do PCE, as Treasuries voltaram a cair, e a chance de o Fed começar a cortar de juros em setembro voltou ao radar – embora as apostas majoritárias ainda sejam de apenas um corte em dezembro. No noticiário corporativo, as ações de Alphabet dispararam mais de 10% com um lucro acima do esperado no primeiro trimestre de 2024.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,91%, cotado a R$ 5,1163, com a moeda americana perdendo terreno ante divisas emergentes após uma leitura considerada tranquila da inflação dos Estados Unidos. Somado a isso, operadores apontaram para um movimento de realização de lucro e desmonte de posições defensivas no mercado doméstico.
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