Após registrar leve alta ontem, interrompendo uma sequência de seis quedas, o Ibovespa não conseguiu se manter em território positivo nesta terça-feira (28). O índice da B3 chegou a flertar com os 123.500 pontos, renovando a mínima do ano, antes de fechar em baixa de 0,58%, a 123.779,54 pontos. Trata-se da pior marca de fechamento de 2024, superando o nível de 14 de novembro passado (123.165,76 pontos). Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumula queda de 7,75% no ano, com perdas de 1,70% em maio, a duas sessões do fim do mês.
Leilões de títulos do Tesouro dos EUA com demanda abaixo do esperado pressionaram os retornos para cima nesta tarde, consolidando a alta após um início de dia sem direção clara. O dólar acompanhou o movimento, diminuindo as perdas da manhã. Nas bolsas, o setor de tecnologia foi o grande destaque, puxando o Nasdaq para uma nova máxima de fechamento acima de 17 mil pontos. A Nvidia liderou os ganhos, com alta de quase 7% e novo recorde de preço, impulsionando o índice. O Dow Jones, por outro lado, fechou em baixa, com investidores cautelosos à espera dos dados de inflação e PIB americanos que serão divulgados no final da semana. Já o S&P 500 teve um leve avanço, impulsionado principalmente pela alta de mais de 1% no preço do petróleo, que beneficiou as empresas do setor de energia.
Os juros futuros desaceleraram sua trajetória de queda durante a tarde, sob a pressão das altas registradas na curva dos Treasuries, com as taxas de longo prazo ensaiando uma mudança para território positivo. A deterioração do cenário internacional acabou neutralizando em grande medida o impacto positivo da leitura favorável do IPCA-15 de maio e da percepção de menor tolerância do Banco Central (BC) com relação à inflação, após o pronunciamento do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, na noite passada.
O dólar terminou o pregão desta terça-feira, 28, com uma leve queda no mercado doméstico de câmbio, seguindo a tendência predominante de desvalorização da moeda americana em relação às divisas latino-americanas. Operadores também observaram uma pequena melhora na percepção de risco relacionada à condução da política monetária após o discurso de ontem à noite do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmando o compromisso com a meta de inflação.
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