
Após cinco sessões consecutivas no campo positivo, a série mais longa desde fevereiro, o Ibovespa registrou queda de 0,25% nesta terça-feira, aos 122.331,39 pontos. Hoje, o Copom divulgou a ata referente à última reunião do Banco Central, afirmando que a manutenção da taxa Selic em 10,50% é compatível com a estratégia de convergência da inflação à meta, diante de um cenário global incerto, resiliência da atividade doméstica, aumento das projeções de inflação e desancoragem das expectativas. O tom do documento, sinalizando a interrupção do ciclo de corte de juros, foi avaliado como mais conservador. As blue chips da Bolsa brasileira não definiram sinal único, com alta de 0,31% para Itaú PN e 0,53% para Ambev ON e desvalorização de 0,41% para Vale ON, de 0,80% para Bradesco PN e de 0,08% para Petrobras PN.
Em Wall Street, as bolsas americanas, assim como nas últimas sessões, não definiram sinal único. E a tônica segue sempre a mesma, com o índice Dow Jones para um lado e S&P 500 e Nasdaq, puxados por ações de tecnologia, para outro. Hoje, esses dois últimos índices voltaram a operar no azul, beneficiados pela valorização de 6,76% dos papéis de Nvidia, se recuperando de um selloff (venda generalizada) de US$ 430 bilhões da companhia nos últimos três pregões. Diante de uma agenda econômica esvaziada, o mercado espera pela divulgação na sexta-feira do índice de preço de consumo pessoal (PCE) de maio dos Estados Unidos, considerado como o indicador de inflação favorito do Federal Reserve.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,19%, cotado a R$ 5,4544, em linha com o movimento de valorização da moeda americana em âmbito global, com o real apresentando um dos piores desempenho do dia na comparação com as principais divisas. O dólar ganhou impulso depois de falas de dirigentes do Federal Reserve ainda cautelosas, inclusive com a diretora Michelle Bowman afirmando que não vê nenhum corte de juros nos EUA em 2024. Há ainda dúvidas locais que seguem atrapalhando uma apreciação da moeda brasileira.

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