Uma continuidade do estresse no mercado doméstico levou o Ibovespa a registrar queda de 0,32% na sessão desta sexta-feira, aos 123.906,55 pontos. O principal índice da B3 só não teve um recuo mais acentuado por conta do bom desempenho de dois de seus principais nomes: Vale ON (+1,25%) e Petrobras PN (+0,90%). Por aqui, os juros futuros tiveram o quarto pregão consecutivo de elevação, depois de o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que as críticas do presidente Lula atrapalham o controle da inflação, o que também contribuiu para o aumento dos ruídos. Apesar da desvalorização hoje, a Bolsa brasileira acumulou valorização de 2,11% na semana e avanço de 1,48% no mês de junho. Já no primeiro semestre, o Ibovespa acumulou baixa de 7,66%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com investidores digerindo os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de maio dos Estados Unidos, considerado o indicador de inflação favorito do Federal Reserve, que registrou estabilidade, em linha com o consenso do mercado. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, subiu 0,1%. Já o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan para junho veio mais alto do que o esperado, subindo para 68,2 da leitura preliminar de 65,6. A perspectiva de inflação de um ano caiu para 3% de 3,3% esperados em maio. No primeiro semestre, o índice Nasdaq acelerou 18,5%, enquanto S&P 500 teve ganho de 14% e o Dow Jones avançou 3,6%. Já no mês de junho, os índices subiram 6%, 4% e 1%, respectivamente.
No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 1,47%, cotado a R$ 5,5883, com o real apresentando o pior desempenho global na comparação com a moeda americana entre as principais divisas e operando na contramão de moedas emergentes que ganharam terreno nos mercados internacionais nesta sexta-feira. Na semana, o dólar registrou alta de 2,71%, e encerrou o mês de junho com valorização de 6,42%. No primeiro semestre, a moeda americana avança 15,14%.

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