Em alta pelo terceiro dia consecutivo, o Ibovespa registrou valorização de 0,70% na sessão desta quarta-feira, aos 125.661,89 pontos. O sentimento de menor aversão a risco foi justificado por falas do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotando um discurso mais ponderado. Lula afirmou que “responsabilidade fiscal não é uma palavra, mas um compromisso do governo desde 2003” e que o governo “não joga dinheiro fora”. Já Haddad disse acreditar que o câmbio vai “se acomodar” nos próximos dias e que “a diretoria do BC tem autonomia para atuar quando entender conveniente”. A Bolsa brasileira teve como destaques os papéis ligados ao minério de ferro, como Vale ON (+1,99%) e CSN ON (+1,23%).
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no vermelho e S&P 500 e Nasdaq no azul, com estes dois últimos impulsionados pelo avanço de 6,54% de Tesla e de 4,57% de Nvidia. Ambos os índices voltaram a renovar recordes históricos de fechamento. Hoje, o relatório ADP mostrou a criação de 150 mil empregos nos Estados Unidos em junho, abaixo da estimativa de 160 mil, e mostrando uma desaceleração ante os 157 mil revisados para cima em maio.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve forte queda de 1,70%, cotado a R$ 5,5684, também refletindo os discursos mais preocupados com as contas públicas de Lula e Haddad. Somado a isso, a moeda americana operou em queda em âmbito global, após leitura do mercado de que o Fed pode estar mais próximo de iniciar o ciclo de corte de juros depois de dados mais fracos do mercado de trabalho e do setor de serviços. Assim, o dólar encerrou uma sequência de três sessões de alta consecutivas.
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