Em linha com o sentimento de aversão a risco no exterior, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,20% na sessão desta quinta-feira, aos 127.395,10 pontos. Apesar da queda, a Bolsa brasileira teve uma das melhores performances em âmbito global, mas foi pressionada por dois de seus principais nomes: Vale ON (-2,24%) e Petrobras PN (-1,52%). A mineradora não conseguiu acompanhar a valorização de 2,47% do minério de ferro em Dalian, na China, em uma possível realização de lucros. Já a estatal foi contaminada pela queda do petróleo no mercado internacional, com temores por uma escalada das tensões no Oriente Médio entre Israel e Irã. Além disso, o mercado reagiu a um tom mais duro do Banco Central ontem, após manter a taxa Selic no patamar de 10,50%.
Em Wall Street, as bolsas americanas derreteram, após uma bateria de dados econômicos negativos. O PMI industrial americano passou de 51,6 em junho para 49,6 em julho, retornando ao campo contracionista. Além disso, os pedidos semanais de seguro-desemprego registraram 249 mil solicitações, alta de 14 mil na comparação com a semana anterior, acima dos 235 mil esperados pelo mercado. A preocupação com a possibilidade de recessão afetou algumas ações como JPMorgan (-2,27%) e Boeing (-6,45%).
No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 1,41%, cotado a R$ 5,7350, no maior nível desde dezembro de 2021. A moeda americana ganhou terreno em âmbito global diante de temores de desaceleração da economia americana e tensões políticas no Oriente Médio.
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