Mais uma vez pressionado pelo sentimento global de aversão a risco diante da escalada de temores por uma recessão nos Estados Unidos, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,21% na sessão desta sexta-feira, aos 125.854,09 pontos, acumulando o segundo dia de perdas. As ações da Petrobras PN cederam 3,01%, em linha com a forte queda do petróleo no mercado internacional. Por aqui, as taxas de juros de longo prazo caíram, beneficiando nomes mais sensíveis à economia doméstica.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram com força pelo segundo dia consecutivo, após mais um indicador econômico decepcionante. O relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, reportou a criação de 114 mil vagas de trabalho em julho, bem abaixo da estimativa de 185 mil postos. Já a taxa de desemprego subiu para 4,3% no mês passado, de 4,1% em junho. Os números confirmam a desaceleração do mercado de trabalho americano e as apostas por um corte de 0,50 ponto percentual pelo Federal Reserve na próxima reunião de setembro já se tornam majoritárias.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve baixa de 0,45%, cotado a R$ 5,7092, em um pregão marcado por forte volatilidade. Após a divulgação do payroll, houve um movimento generalizado de venda das moedas de países emergentes, o que penalizou o real e levou a moeda americana ao patamar de R$ 5,79, maior nível desde março de 2021. No entanto, o dólar foi perdendo força e o real, bastante depreciado, voltou a recuperar terreno.
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