
Em linha com o bom humor no exterior, o Ibovespa registrou valorização de 1,52% na sessão desta sexta-feira, aos 130.614,59 pontos. Somado a isso, os juros longos apresentaram forte queda, o que auxiliou o principal índice da B3, após o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, adotar um discurso duro afirmando que a diretoria da autoridade monetária fará o que for preciso para a inflação convergir para a meta, inclusive aumentar juros se for preciso. A agenda extensa de balanços também impactou positivamente diversos papéis, casos de Suzano ON (+1,68%), B3 ON (+5,90%), Lojas Renner ON (+6,55%), Magazine Luiza ON (+3,35%) e Sabesp ON (+5,05%). Na contramão, as ações de Petrobras PN cederam 0,92%, após reportar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões para o segundo trimestre de 2024, revertendo lucro de R$ 28,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. Na semana, a Bolsa brasileira acelerou 3,78%.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o mercado acionário de Nova York mostrando recuperação gradual ao longo da semana após os fortes tombos vistos na segunda-feira, especialmente depois que os pedidos semanais de seguro-desemprego dissiparam temores sobre uma possível recessão nos Estados Unidos. O mercado segue bem dividido a respeito do próximo movimento do Federal Reserve, com unanimidade para o início do ciclo de corte de juros, mas em dúvida sobre a magnitude, se 25 pontos-base ou 50 pontos-base.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,06%, cotado a R$ 5,5152, com o real se destacando entre as moedas emergentes da América Latina, diante de sinalizações consideradas positivas de integrantes do Banco Central. Além disso, o IPCA de julho subiu 0,38%, vindo de 0,21% em junho e ficando acima dos 0,35% esperados, fazendo o mercado precificar uma Selic mais elevada no curto prazo, o que também deu fôlego à divisa brasileira. Na semana, o dólar caiu 3,39%.

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