Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou forte desvalorização de 1,23% na sessão desta sexta-feira, aos 128.120,75 pontos. Por aqui, se instaurou um sentimento negativo com a demora do governo em anunciar um pacote de corte de gastos, aguardado desde o fim do segundo turno das eleições municipais. O pessimismo piorou ainda mais diante da viagem marcada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a Europa na próxima semana. Os juros futuros subiram em todos os vértices da curva. O dia ainda foi marcado por um recuo generalizado das blue chips, com queda de 1,37% para Petrobras PN, de 1,81% para Bradesco PN, de 0,54% para Itaú PN, e de 0,05% para Vale ON.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, reagindo ao relatório de empregos nos Estados Unidos, o payroll, abaixo do esperado, com a criação de 12 mil vagas de trabalho em outubro, ante expectativa de abertura de 100 mil postos. A forte desaceleração foi justificada por efeitos de furacões e greves nos EUA. Os balanços corporativos também seguiram fazendo preço, com Intel e Amazon acelerando 7,81% e 6,19%, respectivamente, após divulgação dos números do terceiro trimestre ontem.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,53%, cotado a R$ 5,8694. Além da escalada das preocupações fiscais, pesou também o exterior, com a moeda americana se fortalecendo em âmbito global, tanto na comparação com divisas fortes quanto ante emergentes, com o aumento das apostas por uma eleição do republicano Donald Trump. O peso mexicano, por exemplo, atingiu seu menor patamar desde setembro de 2022.
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