Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou baixa de 0,24% na sessão desta quarta-feira, aos 130.340,92 pontos. Na mínima intraday, a Bolsa chegou ao patamar de 128.822 pontos, em um início de pregão tomado por aversão a risco, mas foi diminuindo as perdas ao longo do dia. As incertezas em torno do pacote de corte de gastos do governo e a cautela antes da decisão do Copom foram apontadas como justificativas. Há uma ampla expectativa por uma elevação de 50 pontos-base na Selic, o que levaria a taxa de juros a 11,25%. Mais do que a decisão em si, o mercado aguarda o tom que será adotado pelo Banco Central visando as próximas decisões. Entre os principais nomes do Ibovespa, as ações de Vale ON cederam 1,13%, de Bradesco PN perderam 0,86% e de Itaú PN se desvalorizaram 0,47%. Por outro lado, os papéis de Gerdau PN dispararam 9,61%, após a companhia reportar lucro líquido ajustado de R$ 1,432 bilhão no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 10% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em Wall Street, as bolsas americanas dispararam em bloco, reagindo à vitória do republicano Donald Trump contra a democrata Kamala Harris na eleição presidencial dos Estados Unidos. Somado a isso, o Partido Republicano também formou maioria no Senado americano e está na frente para ter o controle da Câmara. Os rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos, também registraram fortes altas, com agentes de mercado prevendo uma inflação mais resiliente caso Trump adote uma política de tarifas mais altas sobre importações. Amanhã, o Federal Reserve publica sua decisão de política monetária, com ampla expectativa por uma redução de 25 pontos-base para a taxa de juros americana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,26%, cotado a R$ 5,6759, contrariando expectativas de uma possível depreciação do real com a vitória de Trump, dando ao ditado “sobe no boato, cai no fato”. Segundo operadores, o movimento pode ser justificado por um ajuste de posição por agentes globais. Assim, a divisa brasileira teve a melhor performance entre as principais moedas na comparação com o dólar.
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