Em mais um dia de forte aversão a risco para os ativos locais, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,50% na sessão desta sexta-feira, aos 125.945,67 pontos. Por aqui, o temor fiscal foi renovado, especialmente pelo risco do pacote de corte de gastos do governo ser desidratado no Congresso, após notícias de que parlamentares estariam reticentes em mexer no Benefício de Prestação Continuada. Sendo assim, os juros futuros voltaram a disparar, com o mercado precificando uma Selic terminal de 15,75%. A Bolsa brasileira foi puxada para baixo por conta de um movimento generalizado de queda de seus principais nomes: Petrobras PN cedeu 1,54%, Vale ON se desvalorizou 1,71%, Banco do Brasil ON derreteu 2,94% e Itaú PN tombou 2,04%. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 0,22%.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones no campo negativo, e S&P 500 e Nasdaq no positivo, sendo que esses dois últimos renovaram recorde histórico de fechamento. Novamente, as ações de tecnologia puxaram os ganhos dos mercados. O destaque do dia ficou por conta da divulgação do payroll, o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, que registrou a criação de 227 mil vagas de trabalho em novembro, acima dos 220 mil projetados.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,02%, cotado a R$ 6,0708, renovando a máxima histórica de fechamento, pressionado por fatores locais e externos. Por aqui, a desconfiança em relação à capacidade do governo aprovar um pacote de fiscal do tamanho prometido gera insegurança. Lá fora, a moeda americana se valorizou em âmbito global após dados mais fortes do que o esperado do mercado de trabalho americano. Na semana, o dólar acumulou valorização 1,15%.
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