Bolsas adotam tom negativo após fala de Trump
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias, com exceção de Londres, iniciam a sessão desta quarta-feira em trajetória de queda. A cautela do mercado acontece após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar em entrevista na noite de ontem que “não deverá haver muitas excessões” em relação às chamadas tarifas recíprocas de importação que entrarão em vigor no dia 2 de abril. No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI) registrou avanço de 2,8% em fevereiro em base anualizada, abaixo das projeções de alta de 3,0%. Na comparação mensal, o indicador subiu 0,4%, também abaixo da expectativa de acréscimo de 0,5%. A agenda internacional está esvaziada, apenas com encomendas de bens duráveis dos EUA, às 9h30, e lucro industrial chinês, às 22h30, além de discursos de dirigentes do Federal Reserve ao longo o dia. Entre as commodities, o petróleo avança cerca de 0,6%. enquanto o minério de ferro fechou em leve alta de 0,19% em Dalian, na China.
Agenda doméstica está esvaziada nesta quarta-feira
No cenário doméstico, o apetite reduzido nos mercados internacionais pode limitar o desempenho dos ativos locais. Por outro lado, a alta das commodities pode ser um ponto de tração. Em discurso em Tóquio, o presidente Lula defendeu o multilateralismo e o livre comércio. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem uma agenda de reuniões com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com congressistas e com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. A agenda doméstica está esvaziada em termos de indicadores econômicos, apenas com a nota do setor externo, que deve mostrar déficit um pouco maior em fevereiro. O BC realiza oferta de até R$ 4 bilhões em títulos públicos em operações compromissadas de três meses.
JBS registra lucro 2.086% maior no 4T24
No noticiário corporativo, a JBS registrou lucro líquido de R$ 2,412 bilhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 2.806% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a JBS reverteu o prejuízo de R$ 1,1 bilhão em 2023 e fechou 2024 com lucro líquido de R$ 9,6 bilhões. A Bradespar teve prejuízo líquido de R$ 86,9 milhões no 4T24, revertendo lucro de R$ 524 milhões no 4T23. A Aeris reportou prejuízo líquido de R$ 833,1 milhões no 4T24, número 1.204,7% maior do que o registrado no mesmo trimestre de 2023. A Boa Safra obteve lucro líquido de R$ 80,263 milhões, queda anual de 62,68%. O Itaú Unibanco protocolou uma ação judicial que pede R$ 6,645 milhões de ressarcimento de valores pagos ao professor de contabilidade Eliseu Martins, pagos sob autorização do ex-diretor Financeiro do banco, Alexsandro Broedel. O Banco BMG aprovou a 6ª emissão de letras financeiras no montante total de até R$ 300 milhões.
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