Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,51% na sessão desta quinta-feira, aos 127.396,35 pontos. O principal índice da B3 foi novamente pressionado pelas expectativas de corte de juros nos Estados Unidos apenas em julho, o que levou a uma alta nas taxas dos Treasuries e, consequentemente, dos juros futuros domésticos. O principal detrator da Bolsa Brasileira foi Eletrobras ON, que cedeu 4,62% pressionada pela queda nos preços de energia de longo prazo e por ruídos políticos renovados em torno da companhia elétrica. Em Brasília, o mercado aguarda anúncio do Ministério da Fazenda sobre a definição de uma nota meta fiscal para 2025.
Em Wall Street, as bolsas americanas, com exceção do índice Dow Jones, subiram em bloco, impulsionadas por um movimento de recuperação de papéis do setor de tecnologia, com valorização de 4,11% para Nvidia, ganhos de 1,67% para Amazon, avanço de 1,10% para Microsoft e alta de 4,33% para Apple. O sentimento de menor pessimismo para o segmento veio após o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos subir 0,2% em março, abaixo dos 0,3% previstos pelo mercado, o que trouxe alívio depois de o CPI de ontem vir mais quente do que o esperado. Além do PPI, os pedidos semanais de seguro-desemprego somaram 211 mil solicitações, abaixo da expectativa de 217 mil. Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juros inalterada em 4%, mas alertou para a inflação de serviços resiliente.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,24%, cotado a R$ 5,0906, com as atenções voltadas para a resiliência da atividade americana, da trajetória inflacionária e do início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. De acordo com dados da B3, desde janeiro, fundos locais reduziram a aposta favorável ao real em cerca de US$ 10 bilhões.

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