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Fechamento B.Side: Ibovespa se descola de NY e recua nesta segunda-feira com percepção contínua de risco doméstico; dólar acelera a R$ 5,42

Em mais uma sessão de apetite a risco reduzido para os ativos locais, o Ibovespa registrou queda de 0,44% nesta segunda-feira, aos 119.137,86 pontos, na contramão dos mercados acionários de Nova York. Por aqui, agentes seguem incomodados com a falta de uma postura mais firme do governo em relação aos gastos públicos. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Lula está preocupado com a regulamentação da reforma tributária, em tramitação no Congresso, a fim de dar prioridade para o tema antes do recesso parlamentar, em julho. Além disso, Haddad também disse que Lula “se apropriou” dos números apresentados pela equipe econômica sobre a evolução dos gastos federais com “bastante atenção”. Apesar da queda da Bolsa brasileira, alguns nomes relevantes do índice tiveram altas firmes, especialmente papéis do setor bancário, caso de Itaú PN (+2,44%) e Bradesco PN (+1,09%).

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com os índices S&P 500 e Nasdaq renovando recorde histórico de fechamento, mesmo com os rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos, também em trajetória de alta, depois de quatro pregões em queda. Hoje, o Fed de Nova York informou que o índice de atividade industrial Empire State subiu de -15,6 em maio para -6,0 em junho, acima das previsões de -8,4, renovando dúvidas sobre a capacidade de o banco central americano cortar juros mais de uma vez em 2024. O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, afirmou que um corte até o final do ano “seria apropriado” dependendo da evolução dos indicadores econômicos.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,74%, cotado a R$ 5,4219, na direção contrária ao movimento de enfraquecimento da moeda americana no exterior. A preocupação doméstica fiscal somada à percepção de que o Fed pode manter os juros elevados nos Estados Unidos por tempo prolongado estão causando uma saída massiva de investidores estrangeiros, especialmente na Bolsa. Além disso, investidores aguardam a decisão do Copom, na próxima quarta-feira, com ampla expectativa por manutenção dos juros em 10,50%. Na máxima do dia, o dólar encostou em R$ 5,4305.

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