Decisão do Fed é destaque na agenda internacional
Os índices futuros de Nova York continuam em trajetória de alta, após forte valorização na véspera por conta da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, assim como as bolsas europeias, com exceção de Londres. O foco do mercado gira em torno da decisão de política monetária do Federal Reserve, com ampla expectativa de uma elevação de 25 pontos-base na taxa de juros americana. O presidente do Fed, Jerome Powell, discursa depois da decisão. Mais cedo, o Banco da Inglaterra (BoE) optou, por 8 votos a 1, reduzir a taxa de juros de 5% para 4,75%, mas ainda mostrando preocupação com a inflação. A agenda do dia ainda reúne pedidos semanais de seguro-desemprego, às 10h30. Entre as commodities, o petróleo recua cerca de 0,7%, enquanto o minério de ferro fechou em alta de 2,11% em Dalian, na China.
Lula e Haddad se reúnem para finalizar pacote de corte de gastos
No cenário doméstico, o mercado concentra as atenções na reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para finalizar os detalhes do pacote de corte de gastos prometido pelo governo. Ontem, o Copom elevou a taxa Selic em 0,5%, a 11,25%, em decisão unânime e já esperada pelo mercado. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, o comunicado trouxe um Copom preocupado com a desancoragem das expectativas, mas ainda mais preocupado com a questão fiscal. A autoridade monetária foi bastante clara ao passar o recado: sem um programa de corte de gastos crível e de caráter estrutural, a política monetária deverá se manter dura. Neste sentido, ela entende que o anúncio do plano de corte de gastos que tende a acontecer nos próximos dias será de fundamental importância para os próximos passos da política monetária. Até lá, a B.Side mantém a visão de mais uma alta de 50bps na reunião de dezembro, levando a Selic a 11,75% a.a. no final de 2024.
Petrobras divulga balanço do 3T24 após fechamento do mercado
No noticiário corporativo, a Petrobras informa os números referentes ao terceiro trimestre de 2024 após o fechamento do mercado, assim como Lojas Renner, Caixa Seguridade, Natura, Magazine Luiza, entre outras companhias. A Braskem reportou prejuízo de R$ 593 milhões no terceiro trimestre deste ano, número 75% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. A Eletrobras registrou lucro líquido societário ajustado de R$ 7,563 bilhões no 3T24, alta anual de 588,3%. Em recuperação judicial, a Oi teve lucro líquido de R$ 243 milhões no 3T24, revertendo prejuízo de R$ 2,830 bilhões no 3T23. Totvs, C&A, Taesa, Aeris, Petz, Qualicorp, Minerva, Copel, Santos Brasil, CBA e Tenda também divulgaram números referentes ao 3T24.
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