Em uma sessão volátil, o Ibovespa encerrou o dia próximo da estabilidade, em leve alta de 0,07%, aos 108.078,12 pontos. Se por um lado as ações de Bradesco puxaram o índice para baixo após um resultado do quarto trimestre de 2022 decepcionante, por outro os papéis de Petrobras, impulsionados pelo petróleo, auxiliaram o índice a encerrar a sessão no campo positivo. Na semana, a Bolsa brasileira acumulou baixa de 0,41%, penalizada pelas críticas direcionadas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pelo patamar atual das metas de inflação do País.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e S&P 500 encerrando no campo positivo e o Nasdaq no negativo. No entanto, os três índices tiveram perdas semanais, com quedas de 0,2%, 1,1% e 2,4%, respectivamente. Os investidores ainda estão digerindo o aumento da taxa de juros nos EUA, dados econômicos e comentários recentes de membros do Federal Reserve, além de uma adoção de maior cautela por parte de agentes sobre os próximos passos do banco central americano.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,08%, cotado a R$ 5,2219, em linha com o movimento de realização de lucros da moeda americana em âmbito global. Além disso, contribuiu para o real o noticiário político mais esvaziado, sem as polêmicas que ditaram a tônica dos mercados durante a semana.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN aceleraram 2,73% e 3,05%, nesta ordem, impulsionadas pela valorização superior a 2% do petróleo na sessão, ganhando terreno diante da redução de oferta da commodity após corte de produção na Rússia e terremoto na Turquia.
Os papéis de TIM ON ganharam 4,44%, após o BTG Pactual reiterar a recomendação de compra do papel depois de a operadora mostrar um balanço em que o lucro líquido de R$ 561 milhões veio acima das estimativas.
Pelo lado negativo, as ações de Bradesco PN derreteram 8,19%, após o banco reportar um lucro líquido recorrente de R$ 1,595 bilhão no quarto trimestre de 2022, o que representa uma queda de 75,9% no mesmo período do ano anterior, muito abaixo das projeções do mercado. Além do rombo de Americanas, o balanço mostrou um salto da inadimplência, margem negativa e queda da rentabilidade. O presidente da companhia, Octavio de Lazari Junior, afirmou que o Bradesco deveria ter restringido as políticas de crédito e o apetite de risco nas carteiras de varejo em 2022.
Por fim, as ações de BRF ON recuaram 6,69%, com temores de a gripe aviária chegar no Brasil, possibilidade que não foi descartada pelo diretor da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua, para o Broadcast. Vale lembrar que a BRF é a maior exportadora de carne de frango no País.

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