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Fechamento B.Side: exterior negativo e ruídos internos puxam dólar para cima e Ibovespa para baixo

Em dia de forte aversão ao risco, os mercados globais colocaram o pé no freio com um maior pessimismo pela falta de avanços nas negociações por um pacote fiscal nos Estados Unidos. No índice americano Nasdaq, as ações do Facebook caíram 1,94%, após a imprensa americana noticiar que procuradores-gerais de 48 estados americanos pretendem processar a gigante do Vale do Silício em uma ação antitruste por conta das compras do Instagram e do WhatsApp. Outros papéis do setor de tecnologia também foram puxados para baixo como Apple (-2,17%), Amazon (-2,30%) e Microsoft (-1,95%).

Com a piora das expectativas no exterior, o Ibovespa também teve um dia negativo e recuou 0,70%, aos 113.001,16 pontos. Além disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), subiu novamente o tom e criticou o governo pela falta de um plano de vacinação e pela ausência de uma estratégia para votação da PEC Emergencial no Congresso, fato que também contribuiu para a queda do índice.

Hoje, após o fechamento do mercado, na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou que manteve a taxa Selic em 2% ao ano, em decisão unânime, assim como previsto pelo mercado.

Entre os poucos destaques positivos na B3, as ações de Telefônica Brasil ON aceleraram 2,23%, ainda se beneficiando da recomendação de compra de ontem do Bank of America, com preço-alvo de R$ 56.

Diante da maior aversão ao risco lá fora, somado a um movimento de realização, as ações de empresas ligadas a commodities recuaram em bloco, com Usiminas PNA liderando as perdas, com queda de 4,19%. Em desvalorização menos acentuada, as ações de Vale ON cederam 0,24%.

Os papéis ligados ao e-commerce como Magazine Luiza ON, Via Varejo ON, Lojas Americanas PN e B2W ON também foram penalizados, principalmente após a notícia de que a Amazon começou a oferecer a partir de hoje um programa de logística para os vendedores de sua plataforma, aumentando a concorrência do setor.

No mercado de câmbio, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,87%, cotado a R$ 5,17, também refletindo o cenário externo mais desafiador e atrapalhado por ruídos internos.

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