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Confira 5 ações para ficar de olho em 2021, segundo o BTG

Confira 5 ações para ficar de olho em 2021, segundo o BTG

Na reta final de 2020 e já de olho em boas oportunidades da Bolsa brasileira para o próximo ano, o BTG Pactual selecionou cinco ações que devem se destacar, surfando na recuperação da economia global, doméstica ou reestruturando seu próprio negócio:

  1. B3

O cenário de taxa básica de juros nas mínimas históricas, atualmente a 2% ao ano, continuará atraindo novos investidores para a Bolsa brasileira, somado a um aquecimento de ofertas, de acordo com o BTG. Apenas no terceiro trimestre de 2020, foram concluídos 25 negócios, sendo 13 IPOs e 12 follow ons. 

Além disso, a B3 deverá lançar em 2021 novos produtos como uma tela de negociação para o empréstimo de títulos e o exercício automático de opções. A nova política de precificação de ações também deverá ser implementada no primeiro semestre do ano que vem.

Pelo valuation atual (24x P/L ajustado de 2021), o papel da B3 apresenta um bom ponto de entrada, já que o banco enxerga que os pares globais são negociados a aproximadamente 30x P/L.

  1. Vale

A Vale é apontada pelo BTG Pactual como a ação preferida para o setor de mineração e siderurgia, reiterando a recomendação de compra de longo prazo. 

O banco afirma que as ações da Vale estão “baratas” em qualquer métrica, destacando que a percepção de risco diminuirá por conta de três fatores: a estimativa de um dividend yield em torno de 10% a 15% para 2021, forte recuperação nos volumes e custos decrescentes e melhora marginal da percepção ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês).

A maior ameaça para 2021 está atrelada a provisões referentes à tragédia de Brumadinho (MG). O BTG afirma que um acordo com o governo de MG próximo a US$ 4 bilhões seria positivo para que a companhia possa “virar a página”. 

  1. Magazine Luiza

O BTG destaca que o ano de 2020 foi relevante para o setor de e-commerce no Brasil, com a pandemia acelerando o processo de migração para o online. “Além do crescimento secular para os próximos anos, acreditamos que existe uma tendência de consolidação no segmento, com alguns poucos vencedores”, diz o banco.

Com essa visão, a principal aposta para o segmento é a Magazine Luiza, destacando a evolução da empresa como ecossistema completo de varejo/e-commerce e de serviços. A ascensão da companhia se dá pelo aumento da base de vendedores (3P), o aumento da utilização do Superapp da Magalu, com mais de 30 milhões de usuários e a melhora de processos logísticos. Além disso, as recentes aquisições da Canaltech, Inloco Media, Hubsales, Stoq e AiQFome dão ainda mais robustez ao negócio.

Sendo assim, a Magazine Luiza deverá continuar sendo vista em 2021 pelo mercado como uma empresa de tecnologia/omnichannel. O BTG estima que o setor de e-commerce deverá pelo menos triplicar até 2025 e que, assim como acontece em mercados maduros, há uma tendência de consolidação com poucos vencedores.

  1. Petrobras

Por conta das restrições sociais impostas pela pandemia, 2020 foi um ano desafiador para a indústria de petróleo. No entanto, segundo o BTG, a Petrobras apresentou resultados resilientes, com bom desempenho operacional, e performou melhor do que seus pares globais.

Para 2021, com a reabertura das economias e o fim das restrições para viagens no radar, a expectativa é de que haja uma recuperação da demanda, como apontou a recuperação dos preços do petróleo. De acordo com projeções do banco, a Petrobras deve registrar um lucro líquido de US$ 5,5 bilhões para o ano que vem, entregando um lucro por ação de R$ 2,25.

Além disso, o BTG destaca o aumento do foco da petroleira em ativos de E&P (exploração e produção) no pré-sal e o comprometimento da gestão para reduzir o endividamento da empresa. 

Com uma forte geração de caixa esperada para os próximos anos, a Petrobras tende a se tornar uma boa pagadora de dividendos no médio prazo.

  1. Oi

Em um processo de recuperação judicial desde 2016, a Oi vem investindo na construção de uma infraestrutura de internet baseada em fibra ótica, com o objetivo de estabelecer esta linha de negócio como a maior da companhia.

A decisão, segundo o BTG, é acertada e já obteve resultados, com o crescimento de receitas do segmento já ultrapassando no terceiro trimestre as perdas relacionadas às estruturas de cobre. O banco espera que a companhia termine 2020 com 2,1 milhões de clientes e faturamento anualizado de mais de R$ 2 bilhões. Para 2021, a operadora deve ter aproximadamente 3,5 milhões de clientes.

A venda de ativos também é um dos passos prioritários para o pagamento de dívidas e fonte de investimentos. No último dia 14 de dezembro, a Oi vendeu sua unidade móvel em leilão para Tim, Vivo e Claro, com valor estimado em R$ 16,5 bilhões.

Pelas contas do BTG, a companhia demonstra um upside de mais R$ 0,40 por ação, com uma ótima relação risco-retorno.

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